Pirotecnia onde hoje morreu trabalhador cumpre regras de segurança - associação sectorial

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Porto Canal / Agências

O presidente da Associação Portuguesa de Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIP), Carlos Macedo, disse à Lusa que a empresa de Penafiel onde hoje morreu um trabalhador cumpre todas as regras de segurança.

"Houve um acidente, a pessoa estava sozinha no seu posto de trabalho. A empresa [GJR] cumpre todas as regras e é das mais desenvolvidas a nível nacional e internacional", declarou o dirigente junto às instalações da empresa.

Carlos Macedo explicou que a vítima "estava numa secção onde se faz a mistura de produtos químicos, aparentemente seguros, para vários efeitos pirotécnicos".

O socorro foi prestado pelos bombeiros de Entre-os-Rios, que deslocaram para o local várias viaturas. A comandante em exercício daquela corporação, Isaura Rocha, disse à Lusa que a vítima foi projetada pela explosão cerca de 20 metros.

"Dirigimo-nos para o paiol afetado, do qual já não resta muito, e deparámo-nos com o cadáver no chão, que tinha sido projetado cerca de 20 metros, completamente desfigurado", contou.

Quando os bombeiros chegaram ao local, "os trabalhadores da empresa estavam todos emocionados e em estado de choque", declarou ainda comandante.

À porta da empresa, amigos do homem que hoje morreu na pirotecnia e vizinhos da empresa não entendem como ocorreu o acidente, por ter vitimado um trabalhador com cerca de 20 anos de experiência.

"Como aconteceu a uma pessoa tão experiente neste trabalho", questionou Joaquim Rocha, amigo da vítima, acrescentando à Lusa não haver "fábrica de pirotecnia como esta" em termos de segurança.

Também Júlia Ferreira, moradora nas proximidades e amiga da vítima, disse estar chocada por o acidente ter tirado a vida a um trabalhador com tantos anos de experiência.

"Sempre o conheci de lá", afirmou, enquanto destacava a "segurança com que se trabalha na empresa".

Recordando o momento da explosão, contou à agência Lusa:

"Pensei que era o fim do mundo, que ia desabar tudo. Foi um estrondo muito grande. Pensei logo que era no paiol".

Para Joaquim Rocha, o momento da explosão deixou muita gente assustada nas redondezas.

"Quando ouvi o estrondo, a cinco quilómetros de distância e me disseram que tinha sido aqui no fogueteiro, vim a correr, porque tenho aqui amigos. Um dos meus grandes amigos faleceu. Estou muito triste", lamentou-se.

A explosão ocorreu cerca das 10:00 nas instalações da empresa GJR, na localidade de Rio de Moinhos. Para além da vítima mortal, de 42 anos, casado e com dois filhos, não houve feridos.

Em julho de 2011, outro acidente na pirotecnia feriu dois trabalhadores, um dos quais irmão do funcionário que hoje faleceu.

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