Governo valenciano diz que Cruz Vermelha está preparada para receber migrantes

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Porto Canal com Lusa

Valência, Espanha, 12 jun (Lusa) -- A vice-presidente do governo valenciano, Mónica Oltra, adiantou hoje que a Cruz Vermelha já preparou a receção aos imigrantes transportados pelo navio "Aquarius" no porto de Valência (Espanha), indicando que vão ser divididos antes em três barcos.

As 629 pessoas que viajam no "Aquarius" estão numa situação "limite": entre elas há mais de 120 crianças e mulheres grávidas, que estão vacinadas e têm alimentos para 24 horas, disse Mónica Oltra em declarações à cadeia de televisão SER.

A vice-presidente do governo valenciano explicou que a Cruz Vermelha vai ficar encarregue, dada a sua experiência, do dispositivo de acolhimento dos imigrantes durante as primeiras horas e os primeiros dias, estando já a ser preparadas camas e alimentos necessários após o desembarque no porto.

A responsável precisou também ter sido pedida uma "radiografia" dos perfis das pessoas para saber, antes de chegarem a Valência, a sua situação médica ou idades das crianças, para que os dispositivos estejam preparados da melhor forma.

Mónica Oltra assegurou que todas as organizações não-governamentais (ONG) foram mobilizadas, bem como entidades privadas, o arcebispado de Valência e muitas pessoas a título individual.

A Espanha ofereceu-se, na segunda-feira, para acolher os migrantes, para "evitar uma tragédia humanitária", e as autoridades estimam que o navio demore quatro dias a fazer o percurso que o separa de Valência.

Contudo, Antoine Laurent, responsável para as operações marítimas da organização não-governamental SOS Mediterranée, proprietária do navio, explicou à agência noticiosa Associated Press que chegar a Valência, a 750 milhas náuticas (1.400 quilómetros de distância) da atual posição do navio, "não é possível com 629 pessoas a bordo".

Por outro lado, a presença a bordo de 629 pessoas "é considerável para um navio como o "Aquarius", que só tem 80 metros", e a equipa médica a bordo é "muito reduzida", disse o responsável à rádio FranceInfo.

O Governo de Itália recusou no domingo autorizar o "Aquarius" a desembarcar num porto italiano migrantes resgatados do mar em várias operações durante o sábado.

Por ordem das autoridades italianas, o navio mantém-se em alto mar, a 35 milhas de Itália e a 27 milhas de Malta, segundo a SOS Mediterranée.

Itália defendeu que deve ser Malta a acolher os migrantes, entre os quais há 123 menores, mas Malta sustentou que a responsabilidade é de Itália porque as operações de salvamento dos migrantes ocorreram numa zona marítima coordenada por Roma.

Entretanto, o presidente do conselho executivo da Córsega, Gilles Simeoni, anunciou hoje estar disponível para acolher o barco Aquarius, onde se encontram 629 migrantes, que navega no Mediterrâneo e que Itália e Malta recusaram receber.

DD (MIM/FPB/MDR) // ROC

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