Maioria garante preocupação com os pensionistas no âmbito da convergência de pensões

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 22 jan (Lusa) - Os deputados da maioria PSD/CDS-PP garantiram hoje no Parlamento que o diploma do Governo sobre o regime de convergência de pensões salvaguarda e protege os pensionistas, mas a oposição contesta esta posição.

Numa intervenção proferida esta tarde na Assembleia da República, o deputado do PSD, Adão e Silva, assegurou que "o PSD e o Governo defendem com realismo os pensionistas, o sistema de pensões em Portugal e o equilíbrio das finanças públicas".

A Assembleia da República debate hoje a proposta de lei do Governo que estabelece o regime de convergência de pensões da função pública com o regime geral da Segurança Social, depois do chumbo do Tribunal Constitucional (TC) em dezembro.

"Defendemos os atuais pensionistas, sobretudo, eliminando as iniquidades do sistema, porque as há. É preciso que haja convergências nos sistemas. Entendemos que se combate a iniquidade no sistema através desta lógica de convergência", declarou Adão e Silva.

O deputado social-democrata defendeu a necessidade de "uma reflexão serena e sábia" no sentido de assegurar as pensões no futuro e lançou um apelo ao PS para um entendimento no pós 'troika'.

As declarações de Adão e Silva foram proferidas em resposta à intervenção do deputado do PS Vieira da Silva que rejeitou qualquer entendimento com o Governo no âmbito da convergência do sistema de pensões.

O ex-ministro do Trabalho e deputado do PS Vieira da Silva classificou hoje de "lamentável" a proposta da maioria sobre o regime de convergência de pensões, uma "lei ferida de morte" que não contará com o apoio dos socialistas.

"O que hoje estamos aqui a discutir resulta de uma opção política desta maioria e do Governo em aprovar na Assembleia da República um diploma ferido de grosseira inconstitucionalidade", disse Vieira da Silva, no Parlamento.

Já a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Aiveca, recusou a proposta do Governo e, em resposta a Adão e Silva, afirmou que "seria bom que as palavras solidariedade entre gerações não fossem palavras vãs".

"Fizeram uma má lei porque os argumentos hoje aqui invocados não eram sérios e preferiam uma lei que ataca uma vida inteira de trabalho. Tiveram a resposta do Tribunal Constitucional (TC)", disse.

A deputada acusou ainda o executivo de "incompetência", não tendo manifestado "qualquer tipo de capacidade na criação de emprego e no combate ao desemprego" ao longo do mandato.

"Não manifestaram qualquer tipo de capacidade e agora querem um ajuste de contas com aqueles que trabalharam uma vida inteira. A intenção política desta lei é o maior ataque aos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Não querem fazer nenhuma convergência, nem nas pensões, nem noutras matérias", salientou.

Já o deputado Jorge Machado, do PCP, considerou, por seu turno, que "sem qualquer pingo de vergonha, PSD e CDS acham-se no direito de cortar nas reformas de quem trabalhou uma vida inteira".

A posição da esquerda foi contestada pelo deputado do CDS, Artur Rego, segundo o qual "quer a maioria, quer o Governo, respeitam escrupulosamente o Tribunal Constitucional".

SMS/ND// ATR

Lusa/Fim

+ notícias: Política

"Não fazia qualquer sentido". Rui Moreira confirma ter recusado convite para número 2 da AD às Europeias

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, confirmou esta terça-feira que foi convidado no domingo à noite por Luís Montenegro para ser o número dois da lista da AD ao Parlamento Europeu, mas recusou.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".