No discurso que marcou a visita de Jorge Nuno Pinto da Costa à Casa do FC Porto de Felgueiras, depois de ter sido recebido na Câmara Municipal de Felgueiras pelo Presidente da autarquia, o líder dos Dragões foi perentório sobre o "assunto" da sua sucessão.

Para grande alegria de todos os presentes, o presidente do FC Porto deixou clara a intenção de continuar à frente dos destinos do clube, afirmando que será assim até os sócios o desejarem e a saúde o permitir.

Pinto da Costa esclareceu as palavras proferidas no passado sábado, no Dia do Clube, para garantir que não se tratavam de uma despedida. O presidente portista visou ainda alguns órgãos de comunicação social que se apressaram em arranjar-lhe um substituto, dizendo que as pessoas ainda vão ter que esperar mais um pouco, e ainda abordou as perdas dos grandes bancos com acordos/negócios com o Benfica.

Continuar para dar alegrias
“Por vezes perguntam-me sobre os títulos que ganhei como presidente…e sempre digo que isso não é importante para mim. O que é importante, como já disse, é sentir que continuo capaz de dar grandes alegrias a todos os portistas. A todos os que, como naquela noite, encheram a Avenida dos Aliados. Mais de 200 mil a transbordar de alegria e felicidade.”

Não houve despedidas
“As minhas palavras foram mal entendidas. Nesse dia fui abordado por um senhor que me me disse que o presidente deveria ter o apoio dos sócios. E eu retifiquei. Disse que o apoio dos sócios deveriam ter os jogadores, treinadores e presidente do FC Porto, seja ele quem for. Seja eu ou não, porque poderá acontecer mais cedo ou mais tarde. Mas que fique claro que não me estou a despedir. Não me vou embora, porque não sou de desistir. Não sou de abandonar. Enquanto Deus me der vida e saúde e enquanto vocês quiserem, serei presidente do FC Porto.”

A lista de sucessores
“Um jornal, sempre atento ao FC Porto e aos tenistas do país, logo arranjou uma lista de sete candidatos para a minha sucessão. Até houve alguém que disse que valiam todos menos o meu filho. E eu fui logo ver o cadastro dele, que felizmente está limpo. Depois pensei que era um para cada dia da semana e até consultei os estatutos para saber se isso era possível. Mas esses sete, a quem vejo capacidade de gerir o FC Porto melhor do que eu, ainda têm que esperar um bocadinho.”

Não vale tudo no futebol
“Este desporto deve ser uma luta leal. Uma prova de que também é possível respeitar quem está em baixo. O futebol é um tema importante e tanto o é que na maioria dos locais a que me desloco sou recebido nas câmaras. Mas também é verdade que há muita gente que vive com grandes dificuldades e está a pagar assaltos a bancos. Nós podemos vir comer aqui, mas há muitos que não têm o que comer e ainda pagam essas falcatruas de que todos nós vamos ficando a saber.”