Portugal/Brasil: Câmaras de comércio reclamam incremento das relações económicas

| Política
Porto Canal / Agências

São Paulo, 08 jun (Lusa) -- Os presidentes das câmaras de comércio portuguesas no Brasil defendem que o primeiro-ministro, Passos Coelho, tenha uma "conversa objetiva e pragmática" com a presidente brasileira Dilma Rousseff, para incrementar as relações comerciais entre os países.

Rousseff estará em Lisboa no dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, para o encerramento do ano do Brasil no país.

"O comércio anual entre os países ainda é muito pequeno, incipiente. O ano de Portugal no Brasil vai acabar, mas ele tem de ser considerado apenas um começo, uma oportunidade de estreitar os laços", afirmou à Lusa o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia, António Coradinho.

Coradinho acrescentou que Portugal pode ser "um centro logístico de distribuição de produtos brasileiros" na Europa. E para quem quer investir no Brasil, recomenda aos portugueses que procurem oportunidades fora dos grandes centros económicos.

No entanto, António Coradinho reconhece que ainda falta diálogo e vontade política dos governos para que se possa concretizar a eliminação de barreiras e uma maior aproximação entre os países.

Por seu turno, José Maria Zanocchi, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Ceará, os investimentos do Brasil em Portugal podem ser também "políticos e estratégicos".

Zanocchi disse esperar que os chefes de governo discutam o papel que o Banco Nacional do Desenvolvimento brasileiro (BNDES) pode ter no processo de privatização da TAP, com financiamentos a companhias brasileiras interessadas.

Já o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, Paulo Elíseo de Souza, disse que o Brasil pode usar como exemplo de investimento bem sucedido a presença da Embraer em Portugal.

Para Paulo Souza, a agenda de temas de Passos Coelho e Dilma Rousseff deve incluir também o tema da emigração de mão-de-obra qualificada portuguesa, "que enfrenta muita burocracia" no acesso ao mercado brasileiro.

"Vou ficar decepcionado se não sair nada de objetivo da conversa", acrescentou.

Raul Penna, presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, realçou que os países têm de aproveitar a língua comum para fortalecer as suas relações. "Inglaterra e Estados Unidos têm um comércio importante entre eles, por que Portugal não tem com o Brasil?" - questionou.

Os dirigentes associativos afirmaram também que o comércio e os investimentos bilaterais devem procurar também o espaço lusófono, atraindo oportunidades em África.

FYB // PJA

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