Tribunal chinês condena ativista tibetano a cinco anos de prisão

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Pequim, 22 mai (Lusa) - Um tribunal chinês condenou um ativista, que promove a língua tibetana, a cinco anos de prisão, por incitar ao separatismo, depois de ter aparecido num documentário produzido pelo jornal norte-americano The New York Times (NYT).

O advogado de Tashi Wangchuk, Liang Xiaojun, contou à agência noticiosa Associated Press que o cliente deverá apelar da sentença, decretada por um juiz na cidade de Yushu, província de Qinghai.

Tashi, de 32 anos, foi detido em 2016, dois meses depois de o jornal norte-americano ter publicado o vídeo e o respetivo artigo, e foi a julgamento em janeiro passado, tendo alegado a sua inocência.

Os procuradores apresentaram evidências unicamente com base num vídeo de nove minutos do NYT, de 2015, que conta como Tashi processou funcionários locais por impedirem o ensino da cultura e língua tibetana.

A versão 'online' do NYT está bloqueada na China.

No documentário, Tashi, que é apresentado como um comerciante, referiu a "pressão e o medo" sentidos pelos tibetanos, e como está preocupado com a possível destruição da cultura, através da contínua erosão da língua local.

Com apenas cerca de três milhões de habitantes, o Tibete é uma das regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo, com os locais a argumentarem que o território foi durante muito tempo independente, até à ocupação pelas tropas chinesas em 1951.

Por outro lado, Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, há séculos, parte do território chinês.

A região é quase totalmente inacessível à imprensa estrangeira, mas organizações de defesa dos direitos humanos têm dado conta de uma crescente repressão, ao mesmo tempo que decorre uma campanha de promoção do mandarim na educação e no mercado de trabalho.

JPI // EJ

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.