Nuclear/Irão: Potências europeias e Teerão querem manter acordo nuclear

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Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 16 mai (Lusa) -- As principais potências europeias e Teerão comprometeram-se esta terça-feira a continuar a trabalhar juntos para manter o acordo nuclear do Irão, apesar de os Estados Unidos o terem abandonado.

A líder da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha, França e Alemanha, afirmaram, depois de conversas com o ministro nos Negócios Estrangeiros do Irão, Javad Zarif, que os esforços para salvarem o acordo pode traduzir-se em "soluções práticas nas próximas semanas".

"Havia consciência da urgência", disse Mogherini, após a reunião que decorreu em Bruxelas.

"Se eu puder usar a metáfora que alguns levantaram em torno da mesa, todos nós temos um parente em tratamento intensivo e todos nós queremos tirá-lo dos cuidados intensivos o mais rápido possível", acrescentou.

A Alemanha, França e Grã-Bretanha são signatários do acordo celebrado em 2015, que tem como objetivo impedir o Irão de desenvolver armas nucleares, em troco do levantamento das sanções económicas que existiam.

Mogherini afirmou que as "conversações entre especialistas" sobre as questões económicas e financeiras, como as transações bancárias, vão começar em breve, estando agendado um encontro para a próxima semana em Viena.

"Reafirmámos a nossa determinação para em conjunto continuar a implementar o acordo nuclear em todas as suas componentes e numa atmosfera construtiva", frisou.

Javad Zarif afirmou que estão no caminho certo, mas deixou o alerta: "Muito depende do que for possível fazer nas próximas semanas".

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, salientou que não será fácil, mas que é necessário que todos conversem de modo a "garantir que todos permaneçam neste acordo".

Os responsáveis abordaram também a o papel de Teerão no conflito na Síria.

"Não temos ilusões sobre o comportamento perturbador do Irão, mas achamos que podemos lidar com isso de outras maneiras", disse o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson.

AJO // JPF

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