Casa Branca e senadores reiteram compromisso de fechar a prisão de Guantánamo
Porto Canal
O chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, e os senadores John McCain (republicano) e Dianne Feinstein (democrata) reafirmaram na sexta-feira o compromisso de elaborar um plano para por fim às detenções na prisão de Guantánamo.
Os três deslocaram-se à base naval dos Estados Unidos em Guantánamo, na ilha de Cuba, para avaliarem no terreno a situação das "instalações e operações" na prisão e determinar os passos seguintes para o seu encerramento.
Num comunicado conjunto, a Casa Branca e os senadores elogiaram o pessoal que trabalha em Guantánamo pela "forma segura e respeitosa" com que mantêm 166 indivíduos detidos na prisão.
Dos 166 detidos, 86 receberam autorização para serem libertados e os restantes 103 estão a cumprir uma greve de fome em protesto contra a sua condição, dos quais 41 estão a ser alimentados à força, segundo informou o Exército norte-americano.
"Continuamos a considerar que é do interesse nacional por fim às detenções em Guantánamo, através de uma transição segura e ordenada dos detidos para outros locais", refere a nota.
A Casa Branca e os dois senadores manifestaram a intenção de "trabalhar com um plano conjunto do Congresso e da Administração" para que a prisão seja encerrada.
Esta visita a Guantánamo surge uma semana depois de o Presidente norte-americano, Barack Obama, ter apresentado um novo plano para o encerramento da prisão.
A greve de fome de mais de 100 detidos em Guantánamo levou Obama a pronunciar-se novamente sobre a prisão e sobre a sua promessa de a encerrar, que fez na campanha eleitoral de 2008.
Na sexta-feira cerca de uma dezena de pessoas manifestaram-se em frente à Casa Branca para reivindicar o encerramento da prisão de Guantánamo.