Passos Coelho desafia PS a dizer limite da despesa corrente primária

| Política
Porto Canal / Agências

Tondela, 20 jan (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, desafiou hoje o líder do PS, António José Seguro, a dizer qual é a proposta do partido para limitar a despesa corrente primária.

Em declarações aos jornalistas em Tondela, onde hoje inaugurou um novo complexo logístico da Fresenius Kabi, Passos Coelho garantiu estar atento ao que diz António José Seguro e sublinhou "a disponibilidade que ele tem mostrado para fixar um limite à despesa corrente primária".

"É importante sabermos que limite é esse, qual é a proposta concreta que o Partido Socialista faz de limitar a despesa corrente primária", referiu.

Passos Coelho disse que, uma vez que vai ser elaborado "um documento de estratégia orçamental que deverá incluir uma trajetória para o défice público e, portanto, para a despesa pública até 2017, era importante que o PS trouxesse também ativamente uma proposta nesse sentido".

"O país beneficiava disso. Nós quando fixamos um valor temos de explicar como o atingimos e que políticas vamos seguir para lá chegar", considerou.

Na opinião do governante, isso "era muito importante para reduzir o risco da dívida pública portuguesa e melhorar as condições de crescimento do país nos próximos anos".

Por outro lado, permitiria que "os investidores externos percebessem que não é apenas o Governo que está comprometido com esse objetivo, mas que o principal partido da oposição, que um dia poderá vir a ser Governo, está também".

Passos Coelho defendeu que todos devem esforçar-se "para fugir ao debate político mais conjuntural, à necessidade de afirmação política que os partidos têm".

Ainda que perceba a posição do PS, o primeiro-ministro considera que o partido "não se confundirá com o Governo se olhar para a realidade como ela é", porque "a realidade, desse ponto de vista, não tem 'nuances' ideológicas".

"É o que é e nós temos de reduzir a nossa despesa em ordem a um objetivo que quer o governo, quer o PS, dizem que respeitam e que querem atingir. Então é natural que possam fazer um esforço para dizer ao país como é que nos propomos a alcançar esse objetivo", acrescentou.

Nesse âmbito, fez votos para que o PS possa vir a ter "um envolvimento mais descomplexado, mais disponível" para conversar sobre esse assunto.

AMF // SMA

Lusa/fim

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