Hospital da Régua fechou mas mantém portas abertas para iludir as pessoas - PS

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 20 jan (Lusa) -- O deputado do PS Agostinho Santa afirmou hoje que o Hospital da Régua encerrou, considerando que como unidade de prestação de serviços públicos "já não existe" e que apenas mantém as portas abertas para "iludir as pessoas".

"Estão lá 12 camas para iludir as pessoas de que está a funcionar, isso não é um hospital, nem sequer é uma unidade qualquer de prestação de serviços de saúde", afirmou o deputado, que falava à margem de uma visita à unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

O Hospital D. Luís I, localizado na cidade de Peso da Régua, está inserido no CHTMAD, que engloba ainda as unidades de Vila Real, Chaves e Lamego.

Agostinho Santa considerou que o hospital da Régua tem vivido uma espécie de "história de uma morte anunciada".

"Ela estava anunciada e vai acontecer. Porque de esvaziamento em esvaziamento foi-se até ao encerramento final. Neste momento ninguém é capaz de dizer nada do que se vai passar", frisou o parlamentar eleito pelo distrito de Vila Real.

As portas da unidade mantêm-se abertas, mas lá dentro apenas funciona um serviço de medicina interna com 12 camas, isto depois de ter perdido a sua principal valência, o Centro Oftalmológico, que foi transferido para o novo Hospital de Proximidade de Lamego.

"O hospital de Régua como nós o conhecíamos, como hospital público, de intervenção pública, não existe, encerrou, o que vem aí ninguém sabe, está em suspenso, num impasse", salientou o responsável.

Esta unidade integra a lista de hospitais que o Governo quer transferir para as Misericórdias.

O deputado explicou que, neste momento, se está a "negociar" a entrega deste hospital à Santa Casa da Misericórdias da Régua, num processo que envolve ainda a autarquia local.

Agostinho Santa referiu ainda que a administração do CHTMAD reconheceu, no decorrer da visita de trabalho que decorreu hoje, ter sofrido pressões para manter a unidade aberta.

O encerramento oficial deste hospital voltou a "ser aventado para dezembro de 2013".

No entanto, nesse mesmo mês a Câmara da Régua disse, em comunicado, que o Ministério da Saúde assumiu, em reunião com o presidente da autarquia e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Peso da Régua, que a unidade hospitalar "não encerra" até estar "definido um modelo de reabilitação, que permitirá dotar a unidade hospitalar de novas valências, assegurando a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população".

Neste dia dedicado pelo PS às questões da saúde, Agostinho Santa mostrou-se ainda preocupado com o funcionamento dos serviços de oftalmologia do Hospital de Lamego, onde disse que os utentes são agora obrigados a esperar muito mais tempo por uma consulta, do que acontecia anteriormente na Régua.

O deputado aproveitou ainda alertar para o acelerador linear reivindicado pelo CHTMD, para aumentar a capacidade de oferta em radioterapia e lembrou a criação de uma unidade local de saúde no Alto Tâmega, reivindicada pela população e autarcas locais, para melhorar a prestação de cuidados de saúde naquela zona.

PLI // MSP

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