Câmara de Mondim de Basto tem receita de 300 mil euros com parques eólicos

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Porto Canal / Agências

Mondim de Basto, 20 jan (Lusa) -- A Câmara de Mondim de Basto vai receber este ano 300 mil euros de receita pelos parques eólicos instalados no concelho, uma "verba importante" para ajudar a pagar as despesas municipais, disse hoje o presidente.

"É um contributo importante para o orçamento da autarquia", afirmou Humberto Cerqueira à agência Lusa.

Nas serras do concelho estão instalados ou em fase de instalação 26 aerogeradores, que correspondem a uma produção de energia de 52 megawatts.

Deste total, sete ainda estão em fase de colocação nas zonas das aldeias de Campanhó e Pardelhas, no âmbito de um projeto que se estende também ao concelho de Vila Real.

"Só no concelho de Mondim estão a ser instalados neste momento sete aerogeradores, ou seja, 12 megawatts, é um investimento de 10 milhões de euros", salientou Humberto Cerqueira.

Ao todo, nas contas do presidente, o município vai receber em 2014 uma receita de "cerca de 300 mil euros" pelos parques eólicos.

"Por lei, nós temos direito a 2,5% da faturação de energia eólica obtida nos aerogeradores instalados na área do concelho", explicou.

Humberto Cerqueira referiu que esta receita é incorporada no orçamento e serve para "fazer face àquilo que são as despesas e investimento normal do município".

"Nós precisamos mesmo deste dinheiro para podermos equilibrar o orçamento. É mais uma receita, uma receita muito importante", frisou.

A dívida da Câmara de Mondim de Basto era de 13,7 milhões de euros no final de 2013. Em 2009, quando Humberto Cerqueira foi eleito pela primeira vez, a dívida da autarquia totalizava 19,1 milhões de euros.

O orçamento para 2014 foi condicionado pela diminuição das transferências do Estado e pelos encargos com a amortização dos empréstimos, que obriga ao pagamento mensal de 125 mil euros, até à execução do Plano de Saneamento Financeiro, que termina em 2022.

O Orçamento de Estado para 2014 prevê um corte de 2,75% nas transferências para a autarquia, o que representa menos 147 mil euros anuais para o município de Mondim de Basto.

Desde 2009, as transferências do Estado diminuíram cerca de 11%, uma quebra na receita que, segundo o autarca, não estava prevista no plano de saneamento financeiro, assinado em 2010.

Humberto Cerqueira acredita que o desenvolvimento do concelho passa pelos seus recursos naturais.

"O vento, que há uns anos não era considerado em termos de economia, hoje é um bem fundamental. Pode ser aproveitado para reduzir a dependência energética do país e pode ser muito bem aproveitado para trazer receitas quer para a autarquia quer para os donos dos terrenos", frisou.

No caso de Mondim de Basto, os terrenos são propriedade dos conselhos diretivos, que obtêm também uma verba "importante em rendas".

O autarca não esquece também o recurso água e, por isso, diz que continua à espera de explicações do Governa e da EDP relativamente à construção da Barragem do Fridão, na zona de Amarante mas que vai atingir Mondim de Basto.

"O pior que nos pode acontecer neste momento é este impasse em que se encontra. Há uma indefinição. Não sabemos o que vai acontecer e por isso exigimos uma clarificação", sublinhou.

PLI // JGJ

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