Magnus Andersson: "Vivo o andebol intensamente"

| FC Porto
Porto Canal com fcporto.pt

Per Magnus Andersson será o treinador da equipa de andebol do FC Porto nas próximas duas temporadas.

Os adeptos portistas vão receber no Dragão Caixa um nome consagrado do desporto mundial, uma antiga glória da Suécia com enorme currículo como jogador e treinador.

Portugal será o sétimo país no mapa profissional de Magnus Andersson, aos 51 anos. Como jogador, representou clubes de Suécia, Noruega, Alemanha e Espanha. Quando mudou de carreira, começou novamente pela Suécia antes de passar por Dinamarca, Áustria e mais uma vez a Alemanha, levando o Göppingen à conquista das duas últimas edições da Taça EHF.

O novo treinador do FC Porto é antes de mais uma referência histórica do andebol internacional. Fez parte dos chamados “Bengan Boys”, orientados por Bengt Johansson, preenchendo a sua sala de troféus entre 1990 e 2002: dois Campeonatos do Mundo, quatro Campeonatos da Europa e três medalhas de prata em Jogos Olímpicos. Em 1994, Magnus Andersson foi distinguido como o melhor central no Europeu realizado em Portugal: “Tenho boas memórias da minha carreira. Joguei durante 15 anos na seleção, lembro-me que nos divertíamos muito quando jogávamos andebol.”

A carreira de jogador terminou definitivamente em 2003, após 15 anos, 307 internacionalizações e 922 golos marcados pela seleção da Suécia. Representou sete clubes e conquistou um total de 15 títulos: nove troféus internacionais pelos “Bengan Boys” e seis campeonatos suecos ao serviço do HK Drott.

O HK Drott está intimamente ligado ao percurso de Magnus Andersson e abriu portas para a sua primeira experiência como treinador. Em 2005, o sueco mudou-se para a Dinamarca e levou o HIF Karlskrona à conquista do campeonato e da taça. “Treinei na Suécia durante quatro ou cinco anos, depois fui para a Dinamarca, depois para a Áustria, onde fui selecionador nacional, e estive últimos três anos e meio na Alemanha”, resume o treinador, em entrevista ao Porto Canal e ao site oficial do FC Porto.

Magnus Andersson não esquece a sua passagem pelo Göppingnen, clube que venceu as duas últimas edições da Taça EHF: “Tive três anos e meio fantásticos na Alemanha. A Bundesliga é a melhor liga do mundo, muito difícil. Cada jogo é um grande evento, com muitas pessoas a ver e enorme pressão. O Goppingen é igualmente um clube grande, com enorme tradição.”

“É fantástico quando vences um troféu. No Goppingen, conseguimos até vencer a Taça EHF em casa, foi fabuloso para os nossos adeptos e foi uma experiência incrível para mim. Foi o momento mais importante da minha carreira até agora”, reconhece.

A experiência no Goppingen terminou em 2017 e a perspetiva de explorar o andebol português fascinou Magnus Andersson: “Queria algo diferente, experimentar algo novo. Recebi o convite do FC Porto, aceitei e estou muito feliz com este desafio.”“Acho que o andebol português está a crescer. Antes destacavam-se uma ou duas equipas. Agora vemos também o Sporting a ter bons desempenhos na Liga dos Campeões, o Benfica, o FC Porto, todas excelentes equipas. Vivo o andebol intensamente, sou um viciado, vou passar as próximas semanas a estudar tudo sobre o FC Porto e o campeonato português”, garante.

Na sequência da saída de Lars Walther, Carlos Martingo regressou ao FC Porto para assumir o comando até final da temporada. O antigo treinador do Avanca irá integrar a futura equipa técnica de Magnus Andersson. “Quero ganhar! Esse é o meu objetivo e o objetivo do clube. Sabemos que teremos adversários difíceis e muito trabalho pela frente. As bases estão lançadas e temos de trabalhar bem. Parto com otimismo para este desafio e espero fazer um bom trabalho no FC Porto, com a minha equipa. O nosso objetivo será vencer todos os jogos.”

“O mais importante é vencer os jogos, não importa de que forma. Não interessa jogar bom andebol e depois não ganhar. Gosto da forma de jogar andebol em Portugal e em Espanha, onde estive como jogador. Na Escandinávia o andebol é diferente mas gosto desta forma de jogar. Se encontrarmos um equilíbrio entre os aspetos táticos e a qualidade individual, estaremos no bom caminho”, salienta o treinador sueco, projetando o futuro.

Magnus Andersson tem ideias bem definidas e promete, na reta final da entrevista ao Porto Canal e ao site oficial do FC Porto, colocar os objetivos do clube à frente dos seus: “Não penso em ser o melhor treinador do mundo. Quero é fazer o meu melhor todos os dias, fazer o melhor pelo FC Porto. É mais importante que o FC Porto seja melhor no futuro. É esse o meu objetivo.”

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