Administração hospitalar desmente fecho da cirurgia do ambulatório em Estarreja
Porto Canal / Agências
Aveiro, 17 jan (Lusa) - O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, José Abrantes Afonso, desmentiu hoje que a cirurgia de ambulatório do Hospital Visconde Salreu, em Estarreja, encerre no final do mês.
"A questão está a ser utilizada como arma de arremesso desnecessariamente: temos um acordo em que uma comissão paritária com a Câmara em que, quando houver alterações, do ponto de vista da cirurgia do ambulatório, nós participamos. O que se verificou foi que, por alguns constrangimentos, nomeadamente de anestesistas, tivemos de concentrar num dia, o que estava a ser feito em dois", disse à Lusa.
O PCP, em comunicado, insurgiu-se contra "os ataques ao Hospital de Estarreja", onde até 15 de setembro eram efetuadas cirurgias quatro dias por semana, tendo então sido reduzidas para metade, que a partir do dia 30 de dezembro passaram apenas a ser efetuadas durante dois meios-dias por semana, prevendo-se que este serviço encerre definitivamente no fim de janeiro".
O PCP destaca que a Unidade de Cirurgia de Ambulatório, criada em 1987, "graças ao esforço e competência dos profissionais de saúde que a integram, vem sendo classificada pela Entidade Reguladora de Saúde, entre as cinco melhores unidades de cirurgia de ambulatório do país".
Apesar do serviço de excelência prestado às populações, o PCP refere que o "Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga", da responsabilidade do Ministério da Saúde, "previa o encerramento da cirurgia de ambulatório no Polo de Estarreja, a partir de 01 de julho de 2013, e a sua transferência para o Polo de Águeda, que "foi travado pelo movimento de protesto desencadeado".
Jorge Afonso garante que "não se põe a questão do encerramento no final do mês", lembra que foi formada uma comissão paritária com a Câmara de Estarreja, a quem são comunicadas as alterações que venham a ocorrer e salienta que a administração do Centro Hospitalar está interessada "fundamentalmente, em dar bons cuidados e em segurança, aos 400 mil habitantes" do Baixo Vouga.
Outro membro da administração revelou à Lusa que "o que vai acontecer já esta semana é que, em vez de haver dois meios-dias de cirurgia de ambulatório, a atividade será concentrada num dia inteiro", depois de ouvido o diretor do departamento cirúrgico e a diretora do serviço geral de anestesia.
Segundo adiantou "decorrem conversações com o atual executivo camarário de Estarreja sobre o Plano Estratégico para o Centro Hospitalar", devendo ser feito "um ponto de situação, no início de fevereiro entre todas as partes".
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Lusa / Fim