Trump defende área marinha norte-americana protegida no Atlântico criada por Obama
Porto Canal com Lusa
Portland, Estados Unidos, 18 abr (Lusa) - A administração do Presidente Donald Trump defendeu, na terça-feira, a área marinha protegida dos Estados Unidos no oceano Atlântico, estabelecida por Barack Obama em 2016, e contestada agora por grupos de pescadores.
Em causa está a área marítima dos "desfiladeiros do nordeste e montes submarinos" na costa do estado de Nova Inglaterra, estabelecida pela administração do ex-Presidente Barack Obama para proteger a vida marinha no Oceano Atlântico.
A proclamação de Obama proíbe a pesca comercial nessa área, excluindo a de caranguejos vermelhos e lagostas. Uma restrição que não agrada aos pescadores, que apresentaram a um tribunal federal de Washington uma ação para extinguir a delimitação da zona.
De acordo com a agência noticiosa Associated Press (AP), Donald Trump pediu ao juiz que rejeitasse a ação dos pescadores.
O Presidente "tem autoridade clara, ao abrigo da lei federal de antiguidades", que estabelece os monumentos naturais norte-americanos, defendeu, na terça-feira, o Departamento de Comércio norte-americano.
A defesa desta zona surge numa altura em que está a ser revista a diminuição de alguns monumentos criados por Barack Obama.
Em dezembro, Trump ordenou "reduções drásticas" em alguns monumentos, argumentando que integravam parte de uma "grande apropriação federal de terras" pelas anteriores administrações.
A primeira área marinha protegida dos Estados Unidos no oceano Atlântico tem uma extensão de 12.725 quilómetros quadrados, frente à costa da Nova Inglaterra, e é o habitat de diferentes tipos de tartarugas marinhas, baleias, cachalotes, além de corais únicos no mundo, peixes e moluscos.
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