Descobertos bordéis ilegais em casas de banho públicas de Hong Kong
Porto Canal / Agências
Hong Kong, China, 19 jan (Lusa) - A polícia de Hong Kong fechou bordéis clandestinos instalados em casas de banho públicas num centro comercial da cidade, numa operação em que foram detidas 86 pessoas, noticia hoje a imprensa local.
Prostitutas do interior da China foram descobertas em pequenas divisões criadas a partir de casas de banho num centro comercial parcialmente desocupado no distrito de Yuen Long, na periferia de Hong Kong, escreve o South China Morning Post (SCMP).
Os investigadores afirmaram que a maioria das lojas, localizadas no primeiro e segundo andar de um edifício de 15 andares em Wang Fat Path estavam vazias.
"Pensamos que o gangue aproveitou-se desta situação e converteu as casas de banho femininas e masculinas em estabelecimentos de vício", disse o inspetor chefe de uma unidade de crime dos Novos Territórios, Law Kwok-hoi.
"Eu penso que esta é a primeira vez que a polícia descobriu casas de banho públicas transformadas em bordéis", acrescentou.
Três bordéis estavam instalados no segundo andar e outros quatro no sétimo piso do edifício.
Os bordéis foram descobertos no âmbito de ações conduzidas na quarta-feira e quinta-feira contra uma fação da tríade 14K, suspeita de estar envolvida noutras atividades ilícitas como casas de mahjong e bares não licenciados, tráfico de droga e extorsão, adianta o SCMP.
Na operação policial foram detidos 35 homens e 51 mulheres com idades entre 17 e 72 anos, e apreendidas armas e pequenas quantidades de drogas. Duas pessoas sofreram ferimentos ao tentarem fugir da polícia.
De acordo com a polícia, os bordéis estariam em atividade há cerca de dez meses.
"Uma investigação preliminar demonstrou que até cerca de 100 clientes visitavam diariamente os sete bordéis. Cada cliente pagava 250 dólares de Hong Kong (cerca de 23 euros) pelos serviços sexuais, e o gangue retinha 100 dólares de Hong Kong (cerca de 10 euros)", acrescentou Law.
O inspetor disse que o grupo criminoso terá encaixado pelo menos 300.000 dólares de Hong Kong (cerca de 28.000 euros) por mês com o negócio ilegal.
FV // PJA
Lusa/fim