Dezenas de empresários de Paços de Ferreira vão legalizar instalações fabris

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Porto Canal / Agências

Paços de Ferreira, 07 jun (Lusa) - O presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira prevê que dezenas de industriais do concelho aproveitem a oportunidade aberta pela câmara, no âmbito de uma alteração ao PDM, para legalizar as suas instalações.

"É uma oportunidade que os nossos associados não vão perder, porque, por certo, não terão outra", comentou Hélder Moura, em declarações à Agência Lusa.

O dirigente comentava o facto de a Câmara de Paços de Ferreira ter deliberado um período transitório para as empresas legalizarem as suas instalações, nomeadamente as que não o puderem fazer até hoje, por não cumprirem as exigências legais em matéria de afastamentos.

Segundo Pedro Pinto, presidente da autarquia, haverá cerca de 200 empresas no concelho "nestas condições de semiclandestinidade".

Em causa estão instalações, maioritariamente do setor das madeiras, construídas em zonas habitacionais, nas décadas de 80 e 90 do século passado, que não puderam ser enquadradas legalmente no âmbito da revisão do PDM, de 2007, por não cumprirem as exigências mínimas de afastamento dos lotes.

Para o representante dos empresários de Paços de Ferreira, "o problema existe de facto e é antigo", afetando muitas empresas, a maioria de micro e pequena dimensão.

Hélder Moura exorta os empresários interessados no sentido de aproveitarem esta janela de oportunidade.

O dirigente recorda que o facto de aquelas empresas não terem o processo de licenciamento completo as impede de concorrer a incentivos ao investimento apoiados pela União Europeia, para além de ser um obstáculo no acesso ao crédito bancário.

"Na prática, este condicionalismo impede o crescimento das empresas", anotou.

Contudo, para o presidente da AEPF, este período extraordinário de legalização não resolve o problema de fundo, defendendo que a solução passaria por relocalizar as instalações, transferindo-as para os polos industriais construídos nos últimos anos.

No entanto, admite, a conjuntura económica retirou capacidade à maioria das empresas do concelho para assumir os encargos dessa mudança. Hélder Moura defende, por isso, que os mecanismos de incentivos deviam prever apoios concretos para a relocalização, indo de encontro à realidade de concelhos como Paços de Ferreira, com indústrias tradicionais de mobiliário instaladas há dezenas de anos em zonas habitacionais.

APM // JGJ

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