Simeone lembra Roma como necessidade de o Atlético de Madrid vencer o Sporting

| Desporto
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 abr (Lusa) - O treinador do Atlético de Madrid lembrou hoje o triunfo de terça-feira da Roma sobre o Barcelona, afastando-o da Liga dos Campeões de futebol, como necessidade para vencer o Sporting e seguir em frente na Liga Europa.

Diego Simeone, que falava em conferência de antevisão ao encontro de quinta-feira, da segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, diz que só pode estar surpreendido com o triunfo dos italianos quem não está atento ao futebol.

"Para quem está dentro do futebol, dar a volta a um resultado 2-0 não é surpreendente. É um jogo e num jogo há bons e maus momentos. Qualquer erro pode criar uma situação concreta de golo e isso altera tudo o que estava planeado", alertou, salientando que se lhe dessem a possibilidade de tirar um jogador do Sporting "seria o Bruno Fernandes, sem dúvida".

Simeone acredita que o Sporting vai apresentar surpresas no esquema tático. O treinador madrileno salienta que não seria a primeira vez que Jorge Jesus faria alterações e lembrou que já o fez quando defrontou a Juventus na Liga dos Campeões, quando alinhou com três defesas-centrais.

"Vamos procurar um equilíbrio, para minimizar as virtudes do Sporting e maximizar as nossas qualidades. Temos um estilo de jogo que não varia muito. Do outro lado, o Sporting tem um treinador inteligente e que jogará com todas as soluções para dar a volta à eliminatória. Nós vamos jogar com o tempo para seguir em frente na prova", afirmou.

O capitão de equipa do Atlético de Madrid, o médio Gabi, frisa que o jogo de quinta-feira será "complicado" e não espera facilidades, apesar das ausências no Sporting.

"O Sporting é uma equipa importante, foi muito respeitada na Liga dos Campeões. Não acredito que tenhamos as coisas mais fáceis com as baixas do Sporting. Eles vão estar muito motivados. O resultado da Roma foi um aviso para todos. Não só para o Sporting, como para nós. Amanhã, vamos todos mais atentos", alertou.

Mais do que a importância do jogo com o Sporting, a conferência de imprensa rondou essencialmente o anúncio do abandono do futebol por parte de Fernando Torres, jogador que tem perdido espaço na equipa liderada por Diego Simeone.

"Tenho uma grande admiração por ele. Respeito a decisão dele. Ele foi, é e será um símbolo do Atlético de Madrid. Um título a mais ou a menos não lhe retira importância. Temos algo em comum que nos une: ganhar", disse Simeone.

Já Gabi vai mais longe, frisando ser prematuro em falar em jogo de homenagem a Fernando Torres.

"Vamos lutar juntos, com ele incluído, para ter a homenagem que merece. Seria importante que Fernando Torres continuasse a jogar. Os títulos seriam uma boa prenda para ele", concluiu.

O Atlético de Madrid defronta esta quinta-feira, no Estádio José Alvalade, às 20:05, o Sporting, em jogo da segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, sob a arbitragem do sérvio Mirolad Mazic.

CYP // VR

Lusa/Fim

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.