ASSP/PSP esclarecida mas preocupada com cortes, espera resposta do ministro

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 16 jan (Lusa) -- O sindicato dos polícias saiu da reunião com o diretor nacional "esclarecido", mas "preocupado" com os cortes salariais, e põe a tónica na próxima reunião com o ministro da tutela, o "único que pode resolver o problema".

No final de um encontro com o diretor nacional da PSP, Luis Farinha, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) disse que a reunião "foi importante porque esclareceu algumas dúvidas sobre a forma como a PSP está a fazer cortes no vencimento".

"Foi já emitida uma circular a explicar aos profissionais que têm aqueles cortes o porquê e a razão da respetiva percentagem", disse Paulo Rodrigues.

Para o sindicalista, a reunião foi importante também porque os polícias ficaram com a "noção clara" de que o diretor tem consciência da importância que os cortes têm na vida do pessoal e a revolta que gera e tem consciência dos problemas que traz à vida dos polícias".

Paulo Rodrigues reconheceu que esta postura do diretor nacional da PSP é de certa forma "reconfortante", na medida em que acreditam que na altura de resolver alguma coisa "tratará com mais sensibilidade as questões".

Mas para o sindicato é claro que quem tem de resolver o problema dos polícias é o Ministro da Administração Interna [MAI] e não o diretor nacional, que só pode gerir "com esforço e muito rigor um orçamento que é curto".

"O que está em cima da mesa e que queremos ver resolvido não é da competência dele", afirmou, sublinhando que a preocupação se mantém em relação aos efeitos que os cortes vão ter.

"A grande expectativa que temos é em relação à reunião de 21 de janeiro com a ASPP e o ministro. Aí é que vamos tentar perceber se o ministro tem alguma solução para os problemas que existem, que possam minimizar os cortes", afirmou.

Segundo Paulo Rodrigues, os cortes rondam em média os 200 euros líquidos, sendo que a maior parte dos profissionais sofrerá um corte superior a 170 euros, "um valor muito significativo".

"Este é um valor que pode significar não continuar a conseguir dar resposta às obrigações, como a prestação da casa e outros compromissos; o limite entre ter o vencimento penhorado ou não", disse.

Paulo Rodrigues salientou que as consequencias serão, por um lado, "criar-se uma situação de incumprimento dos polícias, geradora de situações constrangedoras com resultados dramáticos nas suas vidas pessoais e familiares" e, por outro, a necessidade de fazerem alguns hobbies que não podem fazer.

Dando como exemplo o caso de uma colega que recentemente "foi apanhada a conduzir um táxi, não porque gostasse, mas por necessidade", o sindicalista sublinhou que este é um tipo de situação "que pode começar a acontecer muito em pouco tempo".

"O Governo tem que valorizar o problema e a situação dos polícias e são estas respostas que queremos da parte do MAI: como vai resolver, que mecanismos vai criar para minimizar, o que vai fazer", frisou.

AL // SO

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