Menezes admite avançar com baixa de 10 a 15% do IMI no Porto
Porto Canal / Agências
Gaia, 07 jun (Lusa) - O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, admite avançar com a baixa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) "entre 10 e 15%", mas diz ser "cedo" para comentários e fala da "importância de outras taxas".
O atual presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, anunciou na quarta-feira que quer reduzir o IMI em 10%, para os 0,36, aproveitando a redução em 8,8 milhões de euros do esforço médio de diminuição de dívida. O autarca considerou justo que a "folga" resultante de "uma gestão financeira rigorosa" seja usada "em prol das famílias".
Menezes, que abordou o tema hoje, um dia depois de outros candidatos ao Porto se pronunciarem, não quis falar especificamente da decisão de Rui Rio, preferindo avançar com números e estabelecendo a próxima semana como a "melhor altura para falar de políticas fiscais".
"Será dito algo mais consistente, sobre esta matéria, na próxima semana. Face aos números que observei, penso que no próximo ano, a próxima Câmara que é a que vai aprovar o IMI, pode pensar numa baixa em relação à tabela atual que pode ir para algo como 0.45 ou até um limite de 0.375. Ou seja, uma baixa do IMI entre os 10 e os 15%. Não posso dizer se será 10, 11, 12 ou 15", disse Luís Filipe Menezes.
O candidato social-democrata disse querer "conciliar" as políticas fiscais com as sociais "numa perspetiva de atração de habitantes e de investimento", adiantando que vai, na próxima semana, falar do IMI, mas "também de outras taxas importantes".
"Falarei do IMT [Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis], das taxas municipais de urbanização, da Derrama, das taxas de água e saneamento e de outras taxas como as de publicidade para o comércio tradicional instalado", enumerou.
Quinta-feira, o candidato independente à autarquia do Porto, Rui Moreira, aplaudiu a posição de Rui Rio, afirmando que esta "permite também deixar uma folga orçamental para tempos que se adivinham difíceis".
Por sua vez, O candidato do PS, Manuel Pizarro, manifestou a sua concordância com uma medida, afirmando que esta vem "no seguimento de uma proposta socialista que foi recusada pela maioria municipal, que era o de fixar a taxa de IMI para os imóveis reavaliados em 0,35 em vez dos 0,40".
Já o candidato da CDU, Pedro Carvalho, disse ser "bom ver que o Rui Rio está a dar razão à CDU e ainda podia dar mais razão se a redução fosse mais além", defendendo que "é necessário investir e reduzir a carga fiscal dos portuenses que tinha atingido o máximo".
O candidato do BE, José Soeiro, considerou que esta "é uma alteração que vem fora do tempo, é tímida e já devia ter acontecido há um ano, quando o BE propôs na assembleia municipal que baixasse para 0,3", e não 0,36.
A proposta de Rui Rio para baixa do IMI será votada na reunião camarária da próxima terça-feira.
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