PSD quer voltar a ouvir Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no parlamento

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 19 mar (Lusa) -- O PSD pediu hoje, com caráter de urgência, uma nova audição parlamentar do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para esclarecer os contornos da eventual aquisição do capital do Montepio por esta entidade.

"O Presidente da Associação Mutualista Montepio veio a público dar pormenores da entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no capital da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) em contraponto, inusitado e chocante, com um ruidoso silêncio por parte do senhor Provedor da Santa Casa", justifica o PSD, no requerimento com data de sexta-feira e hoje entregue na Assembleia da República.

O PSD salientou que este tema tem sido acompanhado pela Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, que já ouviu a este propósito o ministro da tutela, Vieira da Silva, o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o próprio provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho.

Na semana passada, em entrevista à RTP3, o presidente da Mutualista, Tomás Correia, disse que a CEMG não precisa da Santa Casa para se recapitalizar, referindo que o banco tem um rácio de capital de 13,5% e que está "a preparar uma emissão de 250 milhões de euros de dívida subordinada que vai pôr o rácio de capital acima de 15,5%".

Segundo o responsável, o que acontecerá é que um grupo de "muitas instituições da economia social, ficarão com "até 2% do capital da Caixa Económica Montepio Geral", em troca de um investimento entre 45 e 48 milhões de euros.

O tema da eventual entrada da SCML foi abordada pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, nos dois últimos debates quinzenais que protagonizou com o primeiro-ministro, António Costa.

Na semana passada, Negrão questionou o primeiro-ministro sobre a operação de créditos fiscais na Associação Mutualista Montepio, falando em "contas marteladas", com António Costa a questionar o "profundo interesse" de Fernando Negrão no banco Montepio.

"Contas marteladas são buracos financeiros no futuro, explique bem senhor primeiro-ministro esta situação: é muito mais grave do que a que aconteceu com outros bancos, porque se acontecer e for para a frente a cumplicidade não é dos privados, é do Estado", acusou Negrão.

"Um dia, com certeza haveremos de descobrir o seu profundo interesse relativamente à situação do Montepio", respondeu António Costa, o que gerou palmas do PS e indignação do PSD.

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