Advogado de Trump pede fim da investigação à ingerência russa nas presidenciais

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Porto Canal com Lusa

Washington, 18 mar (Lusa) -- Um advogado do Presidente dos Estados Unidos da América pediu no sábado ao Departamento de Justiça que encerre a investigação sobre a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais do país que deram a vitória a Donald Trump.

A declaração do advogado John Dowd surgiu horas depois da demissão do número dois da polícia federal norte-americana (FBI), Andrew McCabe pelo procurador-geral dos Estados Unidos da América, Jeff Sessions.

Num comunicado, Jeff Sessions esclareceu que uma investigação interna da polícia federal e do Departamento de Justiça concluiu que McCabe deu informações, de forma não autorizada, a meios de comunicação social e não foi franco, mesmo sob juramento, em múltiplas ocasiões.

Mccabe considerou que a sua demissão está relacionada com a tentativa da administração Trump em "desacreditar" a investigação do procurador especial Robert Mueller que tentou esclarecer se a Rússia interferiu nas presidenciais para ajudar Donald Trump a vencer a adversária democrata, Hillary Clinton.

No sábado, o advogado de Trump disse rezar para que o número dois do Departamento de Justiça norte-americano, Rod Rosenstein, siga o "exemplo brilhante e corajoso" do departamento do FBI que tem a responsabilidade das questões disciplinares e do procurador geral, e coloque um fim à investigação da alegada conspiração com a Rússia, declarou o advogado ao jornal digital The Daily Beast.

John Dowd adiantou que a investigação foi "fabricada" pelo ex-diretor do FBI James Comey, com base num dossiê "fraudulento e corrupto" sobre Trump e a Rússia.

O causídico assegurou mais tarde à estação NBC News que não estava a pedir a demissão do procurador especial Robert Mueller, mas que ponha fim à investigação que aquele dirige.

O pedido do advogado visa o número dois do Departamento de Justiça, Rod Rosenstein, que supervisiona a investigação do procurador especial.

A agência Efe refere que o Presidente do Estados Unidos não pode demitir o procurador especial sem o aval do Departamento de Justiça, o que aumenta a pressão sobre Rod Rosenstein para uma intervenção na investigação.

Em vários 'tuítes' no sábado, Donald Trump não pediu diretamente o fim desta investigação, mas insistiu em desvalorizar a sua importância.

"A investigação de Mueller nunca deveria ter começado, porque não havia conspiração e não havia crime, e baseou-se em ações fraudulentas e um falso dossiê financiado pela corrupta Hillary [Clinton]", escreveu Trump, considerando a investigação uma "caça às bruxas".

Em 16 de fevereiro, o gabinete do procurador especial Robert Mueller anunciou que um grande júri acusou formalmente 13 cidadãos russos e três entidades russas de interferência no processo eleitoral norte-americano.

Os visados são acusados de violar as leis criminais dos Estados Unidos para interferir com as eleições norte-americanas de 2016 e com o processo político. As acusações incluem conspiração, fraude bancária e roubo de identidade agravada.

No mesmo dia, o Departamento de Justiça norte-americano disse não existe qualquer prova do impacto da ingerência russa no resultado das eleições presidenciais de 2016, frisando que nenhum norte-americano foi visado na acusação formalizada contra entidades e cidadãos russos.

A Rússia negou sempre qualquer ingerência nas presidenciais.

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