UE dá 31 ME à América Latina para projetos de ajuda humanitária
Porto Canal com Lusa
Bogotá, 17 mar (Lusa)- A União Europeia vai destinar 31 milhões de euros adicionais a projetos de ajuda humanitária na América Latina, anunciou na sexta-feira na capital do país o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.
Numa declaração após reunir-se com o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, Christos Stylianides explicou que cerca de seis milhões de euros são alocados à Colômbia e expressamente à ajuda humanitária e proteção de deslocados, entre outras áreas.
Do valor global, a União Europeia disponibiliza dois milhões de euros às pessoas afetadas pela crise na Venezuela, que está a obrigar centenas de milhares de pessoas a deixar este país.
Nesta deslocação à Colômbia, Christos Stylianides viajou, juntamente com o secretário de Estado espanhol da Cooperação Internacional, Fernando García Casas, à zona de fronteira com a Venezuela para conhecer o trabalho em curso para resolver ultrapassar a situação humanitária difícil.
De acordo com os últimos dados oficiais, cerca de 550 mil venezuelanos instalaram-se na Colômbia devido à crise e outros 35 mil atravessam o país diariamente, quer para obter medicamentos ou alimentos, quer procurando um futuro melhor.
O comissário europeu reconheceu que nos últimos meses aumentou a pressão na região fronteiriça entre os dois países com a chegada de milhares de venezuelanos, elogiando a população colombiana por "estender a mão" a estes imigrantes que considerou ser um "exemplo de valor e solidariedade".
O responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises na UE reiterou o apoio ao processo de paz na Colômbia, observando que os países comunitários criaram um fundo fiduciário de 95 milhões de euros para a implementação do acordo.
Já o secretário de Estado espanhol classificou como "impressionante" a situação que observou na cidade fronteiriça de Cúcuta para acolher os venezuelanos que chegam à Colômbia.
Na opinião de Fernando García Casas é necessário colaborar com a Colômbia para dar resposta à crise humanitária na fronteira, admitindo que para melhorar a situação deve ser encontrada "uma solução política" para a estabilidade na Venezuela que "liberte os presos políticos" e com eleições justas e livres.
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