Retábulo do extinto Convento das Chagas de Lamego começou a ser restaurado

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Porto Canal / Agências

Lamego, 14 jan (Lusa) -- O Museu de Lamego anunciou hoje o arranque dos trabalhos de conservação e restauro do retábulo da Capela de S. João Evangelista, proveniente do extinto Convento das Chagas, que podem ser acompanhados ao vivo pelo público.

Este retábulo com cerca de quatrocentos anos foi, juntamente com os de São João Batista, de Nossa Senhora da Penha de França e de Jesus, Maria e José, trasladado para o Museu de Lamego em 1919 e apresentava sinais de degradação.

O diretor do Museu de Lamego, Luís Sebastian, explicou à agência Lusa que a ideia inicial era retirar do local todo o teto em caixotão, uma vez que as suas pinturas apresentavam destacamento das tintas aplicadas sobre tábuas.

"Mas começaram a aparecer surpresas, boas surpresas, e agora vamos mesmo ter de desmontar a estrutura toda", que tem cerca de vinte e oito metros quadrados e 19 esculturas que preenchem a quase totalidade dos seus nichos, contou.

As surpresas foram duas paredes do século XVIII do paço episcopal original (edifício onde está instalado o museu), com pinturas, que ficaram entaipadas em 1919, com a colocação do retábulo.

"Foi uma descoberta muito importante em termos históricos e científicos. Agora também vamos ter de ver essas pinturas, registá-las e salvá-las, porque têm estado esquecidas", referiu Luís Sebastian.

Segundo o responsável, depois de restaurado, o retábulo voltará a ser colocado no mesmo local, mas ficará esse trabalho de investigação e de registo fotográfico pormenorizado sobre o que está atrás dele.

A obra de restauro do retábulo estava orçada em cerca de 25 mil euros, mas só depois de analisadas as paredes será possível saber quando mais será preciso investir.

Também os prazos de cerca de três meses terão de ser readaptados, atendendo a esta descoberta e a outras que poderão ainda surgir, acrescentou.

O trabalho de conservação e restauro do retábulo que, segundo Luís Sebastian, é "extremamente complexo", está neste momento a envolver uma equipa de dez pessoas, entre as quais especialistas em várias áreas.

O Museu de Lamego quer que este trabalho seja acompanhado por quem visita o museu e que poderá "ver o que os técnicos estão a fazer e colocar-lhes questões", contou.

Numa sala ao lado, são projetados pequenos vídeos, atualizados todas as semanas, sobre o desenrolar das obras. Estes vídeos ficarão também disponíveis no sítio da Internet e no Facebook do museu.

"Este retábulo era o maior e o mais valioso de todos que existiam no claustro de um convento que chegou a ser considerado um dos mais importantes e opulentos do norte de Portugal", refere o museu.

A extinção das ordens religiosas, em 1834, "acabou por votar o espaço a um fim lento e anunciado, consumado com a morte da última clarissa em 1906", acrescenta.

AMF // ROC

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