Sindicato suspende pré-aviso de greve que abrangia trabalhadores da Brisa
Porto Canal / Agências
Lisboa, 13 jan (Lusa) -- O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) suspendeu o pré-aviso de greve prevista para quarta-feira que abrangia os trabalhadores da Brisa para analisar o acordo alcançado entre a empresa e a Comissão de Trabalhadores.
Manuel Guerreiro, do CESP, disse à Lusa que o sindicato decidiu suspender o pré-aviso de greve e uma ação na sede da Brisa, ambos previstos para quarta-feira e com o objetivo de contestar as transferências de trabalhadores, depois de a empresa ter comunicado que tinha alcançado um acordo com a Comissão de Trabalhadores.
"O sindicato não considera, no global, o acordo positivo, mas tem de analisá-lo e consultar os trabalhadores", afirmou o sindicalista, adiantando que o CESP está a "estudar se existe fundamento legal efetivo para avançar com uma providência cautelar para anular medidas tomadas pela empresa, designadamente as transferências de trabalhadores".
O CESP, que representa cerca de 600 trabalhadores da Brisa, diz ainda que vai continuar a defender a "manutenção de portageiros em todas as barreiras de portagem, tal como está previsto na legislação em vigor".
A 14 de novembro de 2013, o CESP acusou a Brisa de pretender fazer transferências "brutais e ilegais" de portageiros para "centenas de quilómetros" de distância das respetivas residências.
Na altura, contactada pela Lusa, fonte oficial da Brisa afirmou que "as mudanças de local de trabalho têm sido uma solução para manter postos de trabalho na empresa", que "tem sido profundamente afetada pela crise económica", sendo "um mal menor, porque permitem a conservação de postos de trabalho".
A fonte oficial da Brisa garantiu ainda que "o acordo coletivo de trabalho é respeitado e que a Comissão de Trabalhadores é ouvida", não sendo "nenhuma mudança de local de trabalho feita para distâncias irrazoáveis" e recebendo os portageiros "um apoio da empresa para as suas deslocações".
No comunicado divulgado hoje, o CESP reconhece "a melhoria de algumas compensações por deslocação".
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