Colaboradores da Linha Saúde 24 terminam marcha a pedir intervenção de Paulo Macedo

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 jan (Lusa) -- Uma dúzia de colaboradores da Linha de Saúde 24 marchou hoje entre a Autoridade para as Condições de Trabalho e o Ministério da Saúde, onde pediram a intervenção do ministro sobre a "grave situação" que o serviço atravessa.

"Porque será que Paulo Macedo não se pronuncia sobre a Linha de Saúde 24?" lia-se num dos cartazes que alguns colaboradores deste serviço levaram hoje até ao Ministério da Saúde.

Estes trabalhadores reuniram-se frente à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), por considerarem que este é "o ponto de partida e o Ministério da Saúde o ponto de chegada", como disse à Lusa Tiago Pinheiro, da Comissão Informal de Trabalhadores da Linha Saúde 24.

"Estamos conta os despedimentos sumários a que as pessoas têm sido sujeitas e o silêncio das autoridades sobre uma ilegalidade que ocorre no serviço público", adiantou.

Segundo Tiago Pinheiro, todos os colaboradores cujos contratos terminam em janeiro e não aceitem a redução salarial estão a ser convidados a sair.

Foi o que aconteceu com Cátia Carvalho, enfermeira e colaboradora da Linha Saúde 24 há quatro anos.

"O meu contrato acabou a 04 de janeiro e, como me recusei a assinar a adenda para a redução do vencimento, retiraram-me os turnos todos, como retaliação".

Cátia Carvalho recusou por "não estar de acordo com as condições impostas".

Além de estar contra a redução do valor pago por hora, para os sete euros brutos, esta enfermeira protesta contra a precariedade dos contratos, que diz serem "falsos recibos verdes", e defende "contratos que dignifiquem a profissão".

Segundo Tiago Pinheiro, os colaboradores têm até 17 de janeiro para responder se aceitam a redução salarial, estando já a empresa a preparar o recrutamento de 64 enfermeiros para substituir os que não aceitem.

Sobre a participação de apenas uma dúzia de pessoas na marcha de hoje, Tiago Pinheiro disse que tal se deveu porque a empresa que gere a linha (LCS) terá convocado para a mesma hora reuniões de esclarecimento com alguns trabalhadores.

Já frente ao Ministério da Saúde, os manifestantes gritaram palavras de ordem e apelaram à intervenção de Paulo Macedo para resolver o problema da Linha de Saúde 24 que, como se lia num cartaz, "está doente".

SMM // SO

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