Homem que baleou irmão em Ovar diz que disparo foi acidental

Homem que baleou irmão em Ovar diz que disparo foi acidental
| Norte
Porto Canal com Lusa

Um homem de 48 anos confessou hoje no Tribunal de Aveiro ter baleado o irmão de 35 anos, durante uma discussão familiar em Ovar, mas disse que o disparo foi acidental.

“Não queria atingi-lo. Tenho muita pena dele, pelo facto de ser toxicodependente. Ele disse que ia matar o meu pai e queria assustá-lo para que não fizesse isso”, afirmou o arguido, que está acusado de um crime de homicídio, na forma tentada e outro de detenção de arma proibida.

Os factos ocorreram na tarde do dia 29 de junho de 2017, num acampamento situado em Válega, Ovar, onde o arguido e a vítima residiam.

Perante o coletivo de juízes, o arguido contou que estava a fazer um cesto, junto à entrada da sua casa, quando viu o irmão, que tinha estado a consumir droga, a discutir com o pai, tendo depois começado a caminhar na sua direção com um espeto e uma faca na mão.

“Ele entrou na minha casa, atingiu a minha mulher na mão com a navalha, deu duas chapadas no meu filho de oito anos e começou a correr na direção do meu pai a dizer que ia matá-lo”, descreveu.

Nesse momento, o arguido contou que foi buscar a espingarda que estava guardada no quarto, adiantando que pretendia apenas “disparar para o ar, para assustá-lo”.

“Meti os cartuchos, fechei a caçadeira e ela disparou. Mas achava que não o tinha atingido”, disse o arguido, adiantando que o irmão fugiu para o pinhal e voltou, passado meia hora, a pedir ajuda.

A vítima, que se encontra atualmente em parte incerta, foi transportada para o Centro Hospitalar de Gaia, onde veio a ser alvo de uma intervenção cirúrgica de urgência.

Na acusação, o Ministério Público (MP) diz que o arguido apontou a espingarda na direção do irmão, tendo disparado dois tiros que o atingiram nas costas e no braço direito, após o que se colocou em fuga.

O suspeito viria a ser capturado na manhã do dia seguinte, em casa de familiares, no concelho vizinho de Oliveira de Azeméis, encontrando-se desde então em prisão preventiva.

O MP diz que o arguido agiu com o propósito de tirar a vida ao seu irmão, disparando na direção das costas deste a curta distância, bem sabendo que a natureza do meio utilizado determinaria lesões suscetíveis de conduzir à morte do mesmo, sem que, contudo, haja logrado os seus intentos por razões estranhas à sua vontade.

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