Administração dos CTT estima adesão à greve nos 22%
Porto Canal
Os CTT dizem que a adesão à greve era de 22% às 10h30, segundo dados preliminares compilados pela empresa e consideradas já as várias áreas operacionais, sendo esta "uma das mais baixas taxas [de adesão] de sempre", segundo fonte oficial.
"Todas as lojas dos Correios abriram ao público, sem exceções. No total, cerca de 2.500 lojas, incluindo as 624 Estações de Correio, estão hoje a funcionar com normalidade", avança um comunicado dos CTT.
A adesão à greve foi, de acordo com o mesmo texto, "praticamente inexistente" nos serviços centrais dos CTT e "pouco percetível na rede de lojas".
Uma maior adesão dos carteiros foi "incapaz de interromper globalmente a distribuição", acrescenta o comunicado.
A adesão "foi mais significativa" nos centros de produção e logística de Lisboa (Cabo Ruivo), Coimbra (Taveiro) e Porto (Maia), diz ainda a fonte oficial.
"Os piquetes de greve ontem [quinta-feira] organizados nos centros de tratamento e logística não produziram qualquer efeito no fluxo normal de correspondência do país, uma vez que à hora em que foram instalados já todo o correio havia sido expedido destes centros para os 322 centros de distribuição postal e de apoio à distribuição de todo o país", garante o comunicado dos CTT.
Os números da greve divulgados pela administração dos CTT contrasta com o balanço feito pelos sindicados, que esta manhã (às 09:20) estimaram à Lusa uma taxa de adesão na área da distribuição na região de Lisboa de 85,12%.
"No que diz respeito aos carteiros, num universo de 780 trabalhadores, temos uma adesão de 85,12%", adiantou à agência Lusa Vítor Narciso, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNCT), que convocou a paralisação.
O grupo CTT conta com 1.850 postos de correio, dos quais 828 em acordo com as juntas de freguesia, e com mais de 11 mil trabalhadores em Portugal.
Os sindicatos dos correios convocaram uma greve nacional nos CTT para hoje e para a próxima sexta-feira, em protesto contra a privatização da empresa e em defesa de um serviço público de qualidade.