Enviado do papa ao Chile deixa hospital e retoma entrevistas com vítimas de abusos sexuais

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Porto Canal com Lusa

Santiago do Chile, 24 fev (Lusa) - O investigador do Vaticano enviado ao Chile pelo papa Francisco para entrevistar vítimas de abusos sexuais teve hoje alta de um hospital de Santiago, onde foi operado de emergência, revelou um porta-voz.

O arcebispo Charles Scicluna "recuperou bem [de uma operação para retirar a vesícula biliar] e permanecerá no país para descansar", informou o porta-voz da Conferência Episcopal, Jaime Coiro, acrescentando que o enviado do papa deverá retomar em breve as audições.

Durante o tempo que permaneceu internado, o arcebispo foi substituído na condução das entrevistas pelo seu assistente, Jordi Bertomeu,

O arcebispo de Malta, Charles Scicluna, viajou para Santiago do Chile por ordem do papa Francisco com o objetivo de reunir-se com as vítimas, que acusam Barros de encobrir os abusos do sacerdote Fernando Karadima.

Scicluna vai ainda encontrar-se com os leigos que se opõem à designação de Juan Barros como bispo da cidade de Osorno.

O arcebispo Scicluna foi encarregado de averiguar os crimes que a Igreja considera mais graves, como os abusos sexuais a menores de idade, alegadamente cometidos por membros do clero.

"Vim ao Chile enviado pelo papa Francisco para recolher informações úteis sobre o monsenhor Juan Barros Madrid, bispo de Osorno", disse numa breve declaração à imprensa nos arredores da Nunciatura de Santiago, onde decorrem a maior parte das audiências, que foram interrompidas temporariamente na semana passada, depois de o arcebispo se sentir mal.

O arcebispo Scicluna entregará suas conclusões diretamente ao papa, que decidirá se abre, ou não, uma investigação canónica contra Barros.

"Quero manifestar o meu agradecimento às pessoas que se declararam disponíveis para se encontrarem comigo", disse o arcebispo,

O porta-voz do Arcebispado, Jaime Coiro, frisou as audições são "um processo de escuta, não é um tribunal, não é um auditório", acrescentando que não há um prazo para entregar as conclusões

Em 2011, o Vaticano condenou Karadima por abuso sexual a menores de idade e obrigou-o "relegar-se a uma vida de oração e penitência". A Justiça chilena declarou que as acusações contra ele tinham prescrevido.

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