Sindicatos dizem que manifestação contra CTT conta com 2.000 pessoas, polícia aponta 1.500
Porto Canal com Lusa
Os sindicatos afetos aos CTT afirmam que estão cerca de 2.000 pessoas na manifestação contra a atual situação dos Correios, enquanto a polícia aponta para 1.500, disseram à Lusa os responsáveis no local.
Atualizado 24-02-2018 12:03
Os trabalhadores dos CTT iniciaram a partir da meia-noite a segunda greve geral em dois meses, após dois dias de paralisação em dezembro, estando a decorrer uma manifestação em Lisboa, desde a praça do Marquês de Pombal até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, local onde as estruturas representativas dos trabalhadores entregarão documentos a exigir a reversão da privatização da empresa.
De acordo com dados do secretário-geral do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Victor Narciso, para esta concentração vieram 29 autocarros com cerca de 1.000 pessoas, estimando que estejam presentes na manifestação cerca de "2.000 pessoas", metade do que os sindicatos estavam a prever.
Do lado da polícia, estes apontam para a chegada de fora de 900 pessoas, que se juntaram a cerca de 600 em Lisboa, num total de 1.500.
A manifestação, que partiu do Marquês do Pombal segue agora na rua Braamcamp, com a presença de trabalhadores dos Correios de Portugal de várias zonas do país, desde o Amial, passando pela Areosa até ao norte do Alentejo, tal como constatou a Lusa no local, em direção a São Bento.
"Privatização é um roubo à população", "CTT público já" e não aos despedimentos nos CTT" são algumas das frases que constam nas faixas e cartazes empunhados pelos trabalhadores da empresa privatizada em 2013.
Enquanto percorrem a rua Braamcamp, os trabalhadores dos CTT vão gritando várias palavras de ordem, entre as quais "Lacerda escuta, os trabalhadores estão em luta".
Francisco de Lacerda é o presidente executivo dos CTT, empresa que apresentou um Plano de Transformação Operacional em dezembro, o qual prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações em três anos e a otimização da rede de lojas, através da conversão em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura.
Entretanto, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, juntou-se aos manifestantes nesta ação de protesto.
Quanto à greve, O STNCT aponta para uma adesão de 68,13% às 13:30, contra os 16% apontados pelos CTT. As ações são organizadas pelo SNTCT, pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.