EUA reforçam pedido de mais despesa militar aos parceiros da NATO

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Porto Canal com Lusa

Washington, 23 fev (Lusa) - O secretário da Defesa adjunto interino dos EUA reiterou hoje o apelo para que os aliados da NATO aumentem a despesas militares, como forma de acompanhar a subida nas verbas norte-americanas destinadas a defesa estratégica da Europa.

O secretário da Defesa adjunto dos Estados Unidos, Thomas Goffus, considerou que a verba adicional que o governo norte-americano quer destinar à defesa estratégica da Europa, 6,5 mil milhões de dólares, deve ser alvo de reconhecimento por parte dos restantes aliados na NATO, nomeadamente aumentando os seus gastos.

"Como o secretário [da Defesa Jim] Mattis disse na semana passada, o povo americano tem demonstrado o seu compromisso para com a aliança da NATO. Fazemo-lo no pressuposto de que as outras democracias vão honrar o compromisso que fizeram umas às outras em Gales [na Cimeira da NATO de 2014]", disse hoje Thomas Goffus numa conversa no Pentágono com vários jornalistas europeus, integrados numa visita organizada pelo Departamento de Estado norte-americano.

Na Cimeira de Gales os países da Aliança Atlântica comprometeram-se a avançar no sentido de cada um deles dedicar 2% do seu PIB a gastos na Defesa. As estimativas de 2017 indicam que, entre os 29 países da NATO apenas estão acima desse compromisso os Estados Unidos, a Grécia, a Estónia, o Reino Unido, a Roménia e a Polónia (a preços constantes de 2010). Portugal dedica atualmente 1,32% do PIB à Defesa.

"O nosso compromisso para com a Europa fica, em parte, demonstrado pelo pedido orçamental que fizemos relativamente ao ano fiscal de 2019 para que a Iniciativa Europeia de Dissuasão (EDI). (...) Com um aumento de quase 2 mil milhões de dólares em relação ao pedido para o ano fiscal de 2018, eleva o total para 6,5 mil milhões de dólares", disse o responsável.

Com o mundo "inundado de mudanças", sublinhou Goffus, "a NATO tem de se adaptar, e todos os aliados devem fazer o investimento necessário na nossa segurança, e na nossa defesa coletiva".

"Enquanto em 2014, apenas três aliados cumpriram a meta de despesa [2% do PIB], esperamos que este ano oito países a vão cumprir e que 15 outros planeiam cumpri-la até 2024. Este é um progresso significativo, que representa um montante adicional de 46 mil milhões de euros entre 2014 e 2017", salientou o secretário da Defesa adjunto dos EUA.

O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, afirmou na terça-feira que Portugal é um dos países que se comprometeu a aumentar os seus gastos com Defesa para os 2% do PIB até 2024, em linha com o compromisso da Cimeira de Gales.

A NATO reiniciou uma fase de fortalecimento das suas estruturas, equipamento e planos de prontidão no seguimento da anexação da Crimeia por parte da Rússia, que Goffus classificou como "um momento de separação das águas".

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