Entrada de venezuelanos na Colômbia cai 30% devido a "controle mais apertado"

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Porto Canal com Lusa

Bogotá, 23 fev (Lusa) - A entrada legal diária de venezuelanos na Colômbia caiu 30 por cento nas últimas duas semanas, em resultado de um "controle mais apertado nas zonas fronteiriças", revelaram hoje as autoridades colombianas.

Mais de meio milhão de venezuelanos viviam na Colômbia no final do ano passado, muitos deles fugindo da crise que assola o país presidido por Nicolás Maduro.

Há duas semanas, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou controles mais rígidos ao longo da fronteira de 2.219 quilômetros, suspendendo temporariamente a emissão de novos vistos de entrada diários para venezuelanos e enviando mais de 3 mil novos membros de forças da segurança para a região.

A entrada em sete pontos de imigração caiu de uma média de 48 mil por dia para 35 mil por dia, informou hoje em comunicado a agência colombiana de imigração.

Os números incluem somente entradas legais usando cartões de imigração ou passaportes e não incluem os milhares de venezuelanos que podem ter entrado no país vizinho ilegalmente a cada dia, seja para comprar bens básicos ou como imigrantes permanentes.

Segundo estimativas das autoridades colombianas, todos os dias 35 mil venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia por causa da crise que assola o país presidido por Nicolás Maduro. Muitos procuram remédios e bens essenciais, cada vez mais escassos na Venezuela, e grande parte procura estabelecer-se definitivamente na Colômbia.

Juan Manuel Santos avisou que o novo regime nos postos de controlo de entrada no país, que têm vindo a ser instalados cada vez em maior número nas zonas de fronteira pelas autoridades colombianas, não são um ato hostil, destinando-se a manter a ordem.

"Estes postos dão ordem e controle. E isso beneficia nacionais e estrangeiros", defendeu.

Entre as medidas adotadas pelo Governo colombiano para controlar a migração ilegal conta-se a suspensão de emissões dos chamados Cartões de Mobilidade Fronteiriça, usadas pelos moradores de regiões fronteiriças para cruzar os limites do país.

Foi ainda criado o Grupo Especial Migratório (GEM), para "reforçar o controle e a segurança" nas fronteiras e "garantir o respeito do espaço público".

Como parte das novas medidas, o Governo colombiano passou a emitir um documento que permite aos venezuelanos o acesso a determinados serviços públicos.

O Governo da Colômbia tinha já anunciado a abertura de abrigos temporários, destinados a acolher os venezuelanos que todos os dias cruzam a fronteira entre os dois países para fugirem à crise financeira na Venezuela.

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