Portas quer reunião centrada em Portugal e diz que "é de ficar e não de abandonar"

| Política
Porto Canal / Agências

Oliveira do Bairro, 11 jan (Lusa) -- O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu hoje que o Congresso se centre em Portugal e não em "querelas fulanistas" e, sobre o próximo mandato a que se candidata, garantiu que "é de ficar, não é de abandonar".

"Não há em lugar nenhum, nem no CDS - e sobretudo não no CDS - mandatos definitivos que não venham do povo. Também não contribuirei com nenhuma especulação sobre o meu futuro, candidato-me ao próximo mandato como presidente do CDS e, como sabem, eu sou de ficar, não sou de abandonar", afirmou Paulo Portas

No final da sua primeira intervenção de fundo no Congresso dos democratas-cristãos, que durou mais de uma hora, Portas sublinhou que "o centro deste congresso é Portugal, é o futuro".

"Peço-vos que este congresso seja centrado em Portugal e nos portugueses e não em qualquer querela fulanista, peço-vos que este congresso seja virado para fora, para quem tem dúvidas, para quem esperava mais", disse.

O presidente dos democratas-cristãos aproveitou ainda a primeira intervenção para homenagear os dirigentes do partido agora em funções governativas.

"Eu tenho confiança no António Pires de Lima neste momento de viragem de economia, o currículo dele fala por ele; eu tenho confiança na Assunção Cristas, que ficará com o seu nome e com a sua humildade ligada ao tempo em que os agricultores refundaram uma política agrícola moderna; eu tenho confiança no Luís Pedro Mota Soares e tenho a certeza que fará tudo o que puder para, como é próprio do Ministério que tutela, ser uma voz de solidariedade em tempo de austeridade, uma voz de humanidade em tempo de restrição", exaltou, numa passagem bastante aplaudida.

Portas recuperou ainda alguns dos números positivos mais recentes -- como o fim da recessão técnica, o crescimento previsto (e que, diz, até pode ser atualizado em alta) para este ano, a descida do desemprego, entre outros -- mas avisou não querer "ilusões com pés de barro".

"Não podemos dar [os sinais] por garantidos, mas podemos trabalhar para os consolidar", disse, deixando ainda um recado para a oposição.

"Será que alguns só sabem ser oposição quando há recessão? Acho que reclama muito mais responsabilidade e muito mais talento ser oposição quando há crescimento", afirmou.

SMA // PJA

Lusa/fim

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