Governo assegura que vai evitar cortes na PAC mas os agricultores estão preocupados

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 fev (Lusa) -- O Governo disse hoje ter "a missão" de evitar cortes na Política Agrícola Comum (PAC) e na Política de Coesão da União Europeia, pretendendo manter o "montante que está em jogo", mas os agricultores estão preocupados com possíveis cortes.

"É isso que vamos fazer e é essa a nossa missão, que não haja cortes quer na Política de Coesão quer na PAC. São políticas muito importantes para o nosso país, que significam um grande investimento em Portugal e, portanto, iremos manter de todas as formas possíveis o montante que está em jogo", disse a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa, a responsável notou que "o Governo acha que essas duas políticas são fundamentais, são políticas estruturantes e estruturais".

"São políticas que têm uma implicação muito importante, não só em termos da convergência, como destes novos desafios que se apresentam, [já que] quando falamos de segurança, também temos de falar de segurança alimentar e energética e estes aspetos, que são novos desafios" podem ser financiados em parte por estes programas, acrescentou Ana Paula Zacarias.

Em causa está a verba reservada para estas políticas no próximo orçamento da União Europeia, documento que estará em discussão na reunião informal do Conselho Europeu de sexta-feira, em Bruxelas.

Também falando aos jornalistas no final da reunião de hoje, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, destacou que o que preocupa esta estrutura é que "a PAC tem 37% do atual financiamento comunitário e há uma grande pressão para a sua diminuição".

"Esta não é uma política exclusiva para o agricultor, é uma política que se destina a todos os cidadãos porque têm o alimento a um preço mais reduzido fruto do dinheiro que é pago pela PAC", observou o responsável.

Luís Mira alertou que "um corte na PAC leva, obrigatoriamente, a um aumento do preço dos produtos agrícolas aos consumidores, portanto a PAC beneficia todos os consumidores e quando vão ao supermercado".

O representante afirmou também que transmitiu a António Costa, na reunião entre o executivo e os parceiros sociais, que "qualquer que seja o cenário - de manutenção ou de diminuição da verba - a agricultura portuguesa tem de convergir com a agricultura europeia".

"Na última reforma, convergimos 8%, portanto, a nossa média subiu 8% e agora temos mais uma oportunidade para convergir um pouco mais", adiantou.

ANE // JPF

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