Qatar está maior que os países que impuseram o bloqueio

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Porto Canal com Lusa

Toulouse, França, 20 fev (Lusa) - O presidente executivo da Qatar Airways, Akbar Al Baker, garantiu hoje que o país está maior que os seus adversários, numa referência ao bloqueio político e económico imposto em 2017 por vários países vizinhos.

Numa conferência de imprensa na sede do fabricante de aviões Airbus, em Toulouse, França, o responsável garantiu que "os concorrentes" do Qatar não conseguiram alcançar os seus objetivos, que passavam, por exemplo, por tentar "derrubar as amizades".

"O Qatar está mais independente, robusto e está a ficar vários centímetros maior que os seus adversários. Mantivemos a nossa liderança e continuamos com confiança nos nossos líderes, que fazem melhor do que qualquer um dos nossos vizinhos", garantiu o responsável, no âmbito da cerimónia de entrega do primeiro A350-1000 à Qatar Airways.

Akbar Al Baker garantiu que "ninguém irá intimidar" o Qatar, acrescentando que a transportadora continua "na linha da frente", a "fazer anúncios diariamente" e a deixar os "adversários muito intimidados e em declínio".

"No fim do dia estamos mais robustos e a continuar a comprar aviões", afirmou o responsável em conferência de imprensa.

O presidente executivo da companhia aérea adiantou que há interesse da empresa em aeronaves com velocidade supersónica, desde que sejam conhecidos os fabricantes dos motores.

Em dezembro último, os Emirados Árabes Unidos anunciaram a formação de um novo grupo económico e de parceria com a Arábia Saudita, separado do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), decisão que pode enfraquecer este órgão na crise diplomática com o Qatar.

O Qatar é alvo de um bloqueio político e económico da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito, ou seja, de metade dos membros do CCG, que integra ainda o Kuwait e Omã.

Em 05 de junho de 2017, a Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos e o Egito cortaram relações diplomáticas com o Qatar, acusado de apoiar grupos "terroristas", algo desmentido por Doha, e de uma aproximação ao Irão.

Foram interrompidas as ligações aéreas e marítimas com o Qatar, desencadeando-se a mais grave crise regional desde a guerra do Golfo de 1991.

Após o início da crise com os países do Golfo, o emirado reforçou as relações com a Turquia e com o Irão, em particular para garantir a importação de produtos alimentares.

O Fundo Monetário Internacional considerou que o impacto económico das tensões diplomáticas em torno do Qatar tem sido limitado, mas uma crise prolongada poderá enfraquecer o crescimento a médio prazo em todo o Golfo.

PL (PSP/DM/JOP) //

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