EUA apoiam decisão do Peru de excluir Nicolás Maduro da Cimeira das Américas
Porto Canal com Lusa
Washington, 20 fev (Lusa) -- O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América apoia a decisão do Peru de excluir o presidente da Venezuela da próxima Cimeira das Américas, apesar de Nicolás Maduro insistir que vai estar na capital peruana.
"Apoiamos a decisão do Peru, como anfitrião da próxima Cimeira das Américas, de determinar quem deve estar presente", disse na segunda-feira à agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
Segundo este responsável, os Estados Unidos ainda não "tomaram uma decisão final" sobre a sua representação nesta cimeira, que será a primeira do governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Se Donald Trump decidir marcar presença no encontro será a sua primeira viagem à América Latina em mais de um ano de mandato e sucederá à deslocação do seu vice-presidente, Mike Pence, em agosto de 2017, e do secretário de Estado, Rex Tillerson, no início deste mês.
A VIII Cimeira das Américas, que reúne os países do continente americano, realiza-se em Lima, na capital peruana, a 13 e 14 de abril. Além do Peru, os Estados Unidos e o Grupo de Lima (composto por 14 países da região) são contra a presença do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O Governo peruano avisou na quinta-feira passada o Presidente da Venezuela de que não poderá entrar nem sobrevoar o espaço aéreo do Peru para participar na cimeira.
"Não pode entrar nem pela terra nem pelo céu. Não pode entrar porque não é bem-vindo", disse a primeira-ministra peruana, Mercedez Aráoz, à emissora Radio Programas del Peru, em resposta ao anúncio feito no mesmo dia pelo Presidente venezuelano de que irá à Cimeira "faça chuva ou faça sol" para "dizer a verdade" sobre a Venezuela.
Nicolás Maduro, no cargo desde 2013, é acusado de uma deriva autoritária que tem levado a uma tensão crescente nas relações do país com boa parte da comunidade internacional.
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