Detectado na Argentina caso de febre amarela importado do Brasil
Porto Canal com Lusa
Buenos Aires, 19 fev (Lusa) -- As autoridades sanitárias da Argentina anunciaram na segunda-feira que foi detetado um caso de febre amarela importado do Brasil, doença que é de notificação obrigatória à Organização Mundial da Saúde.
O doente infetado com febre amarela, o primeiro que se regista na Argentina desde há vários anos, é um jovem de 28 anos, residente em Buenos Aires, que viajou sem estar vacinado para a zona de risco do Brasil entre os dias 01 e 15 deste mês, adianta um comunicado do Ministério da Saúde.
Os resultados foram confirmados no sábado, depois de o jovem ter feito análises ao sangue e à urina.
O estado de saúde do doente, que está em observação, evolui favoravelmente, refere o ministério, noticia a agência Efe.
"Todas as atividades de investigação foram feitas em tempo útil, continuando as ações para controlar o foco, através do sistema de vigilância epidemiológica", salienta a tutela, recomendando a vacinação contra a febre amarela às pessoas que tencionam viajar para as zonas de risco do Brasil, com idades entre os nove meses de idade e até aos 60, caso não tenham nenhuma contraindicação.
Apenas uma dose da vacina basta para se obter a imunidade e evitar a morte, devendo ser tomada pelo menos dez dias antes da viagem.
Segundo dados atualizados na última sexta-feira, o Brasil registou 464 casos confirmados de febre amarela nos últimos sete meses e meio, dos quais 154 resultaram em morte.
A febre amarela é uma doença viral hemorrágica aguda transmitida por picada de mosquitos, em especial das espécies Aedes e Haemagogus.
"É uma doença endémica na África Subsaariana e nas regiões tropicais da América do Sul tropical", refere o sítio na Internet da Direção-geral da Saúde portuguesa.
Os sintomas incluem, principalmente febre, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vómitos e fadiga, para além da icterícia, sendo que formas graves da doença podem levar à morte.
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