Sobreviventes da matança de Parkland criticam posições de Trump sobre o ataque

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Porto Canal com Lusa

Parkland (EUA), 19 fev (Lusa) -- Um dos estudantes da escola da Florida que sobreviveu ao ataque armado que fez 17 mortos na semana passada acusou o presidente Donald Trump de estar a dividir os norte-americanos sobre a questão do controlo de venda e posse de armas.

"Você é o presidente. A sua função é manter o país unido e não dividir as pessoas", disse David Hogg, 17 anos, ao programa "Meet the Press" referindo-se às mensagens difundidas pelo chefe de Estado norte-americano através da rede social Twitter no domingo.

No texto da mensagem, o presidente afirmava que os democratas nunca fizeram aprovar qualquer medida sobre o assunto, na altura em que controlavam o Congresso e o Senado.

Trump, que utiliza o Twitter para difundir mensagens sobre assuntos de Estado, referiu-se também ao FBI, acusando as autoridades de terem falhado por não terem considerado as denúncias que indicavam que o atirador era um indivíduo perigoso.

"Como se atreve? As crianças estão a morrer e o sangue delas está nas suas mãos. Por favor, é preciso agir", acrescentou o estudante David Hoggs dirigindo-se a Donald Trump acrescentando que tem medo de regressar às aulas enquanto não forem tomadas medidas efetivas sobre o controlo sobre a venda e posse de armas nos Estados Unidos.

Por outro lado, durante o fim de semana, foram publicadas várias notícias sobre interferências da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

Os estudantes da Florida acusam, por isso, o presidente de estar a tentar evitar a questão que atinge as ligações com a Rússia, com mensagens sobre a questão das armas.

Mesmo assim, e depois de 48 horas de indignação demonstrada pelos sobreviventes do ataque à escola de Parkland, a Casa Branca anunciou que Trump vai conceder uma audiência "a estudantes na quarta-feira e vai encontrar-se com autoridades federais e locais na quinta-feira".

Entretanto, os estudantes da escola secundária de Parkland anunciaram a realização de uma marcha nacional e uma concentração em Washington, no dia 24 de março, para pedirem um maior controlo sobre a venda de armas.

Na passada quarta-feira, o jovem Nikolas Cruz, matou a tiro 14 estudantes e três professores na escola secundária de Parkland.

PSP // SB

Lusa/fim

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