ENVC provam falhanço do Estado como gestor - Aguiar-Branco

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 jan (Lusa) - O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são um exemplo do "falhanço do Estado como gestor" e manifestou confiança no "renascimento" da construção naval na região.

"Os Estaleiros de Viana do Castelo são o exemplo do falhanço do Estado como gestor" e do "falhanço do modelo ideológico de quem acreditou que o Estado tem de saber produzir navios e bem e serviços que não são essenciais", declarou.

O ministro da Defesa Nacional discursava no forte de S. Julião da Barra, Oeiras, após a assinatura do contrato de subconcessão dos terrenos e infra-estruturas dos ENVC, entre Carlos Martins e Paulo Duarte, pela "West Sea, Estaleiros Navais, Lda" e, pela administração dos ENVC, Jorge Camões.

Segundo Aguiar-Branco, o Estado "não tem que produzir navios tal como não tem de saber produzir cerveja" e não tem de saber prestar serviços de telecomunicações ou reparar aviões e "por isso privatizou as OGMA em 2004".

Aguiar-Branco frisou que o Estado "nunca foi a solução" para os ENVC nem para a reparação nem para a construção naval mas sim "o problema".

"Nos últimos doze anos, passaram pelos Estaleiros 12 conselhos de administração diferentes, 25 navios construídos, dois navios por cada administração com prejuízos acumulados superiores a 100 milhões de euros", sublinhou.

O ministro sublinhou que o prejuízo estava "nos 40 milhões de euros anuais, cerca de 110 mil euros por dia", acumulando um passivo de 270 milhões de euros, constituindo a "demonstração da incapacidade do Estado para resolver o problema".

Aguiar-Branco frisou que a subconcessão "é também uma opção ideológica", ressalvando que a primeira opção teria sido a reprivatização, tal como tinha assinalado antes a ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que participou na cerimónia.

SF // PGF

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