Câmara de Cinfães contra encerramento de serviço de Finanças
Porto Canal / Agências
Cinfães, 09 jan (Lusa) -- A Câmara de Cinfães anunciou hoje a aprovação de uma moção contra a possibilidade de encerramento do serviço de Finanças, por considerar que terá "consequências irreparáveis" para a população e para a economia local.
Segundo o presidente da Câmara de Cinfães, Armando Mourisco (PS), "a maioria das pessoas recorrem ao balcão do serviço local de finanças para cumprir as suas obrigações fiscais, o que se comprova pelo facto de este serviço ser o quarto maior a cobrar impostos no distrito de Viseu".
O autarca lamentou que os critérios e argumentos para encerrar este serviço nunca tenham sido discutidos com o município, que representa os cidadãos e presta serviço público de proximidade.
Recusando-se a aceitar o fecho de serviços públicos neste concelho do Norte do distrito de Viseu, Armando Mourisco garantiu que tudo fará para impedir que se concretize o que estará previsto no Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC).
"O encerramento de serviços públicos, a redução contínua do investimento neste concelho, que já é o segundo a nível nacional com a maior taxa de desemprego, irá agravar o fosso que nos separa dos concelhos do litoral, contribuindo decisivamente para a sua desertificação e comprometendo os princípios da coesão nacional e territorial", alertou.
Na moção, o executivo refere também que o concelho "não tem qualquer ligação rápida aos grandes centros, está servido por uma rede viária deficitária e sinuosa" e fica situado a 82 quilómetros do Porto, 71 de Viseu e 50 de Penafiel.
Usando argumentos idênticos, também a Assembleia Municipal de Cinfães aprovou, por unanimidade, uma moção de repúdio contra o encerramento do serviço de Finanças.
As moções foram remetidas à Assembleia da República, aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro, à Direção-Geral de Finanças, à Direção Distrital de Finanças de Viseu e ao Serviço de Finanças de Cinfães.
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