Funcionários da Conservatória do Registo de Veículos do Porto, na Rua de Camões, participaram hoje numa vigília de protesto contra a falta de condições de trabalho e de atendimento.

“Esta conservatória padece da falta de todas as condições de higiene e segurança no trabalho. A porta de acesso é única, não há saídas de emergência, não há casas de banho para o público e não há uma higienização efetiva porque as empresas contratadas prestam má qualidade de serviço atendendo ao espaço que é e ao número de horas que são contratadas”, afirmou o presidente do Sindicato Trabalhadores dos Registos e do Notariado/Norte, Henrique Guimarães.

É uma situação, que, segundo o dirigente sindical, “já tem vindo a ser relatada desde 2013 ao Instituto de Registos e Notariado (IRN), mas que continua sem solução”.

No total, segundo Henrique Guimarães, trabalham nas instalações da Rua de Camões cerca de 25 trabalhadores, que atendem diariamente “mais de 100 pessoas”.

“A Conservatória do Registo de Veículos do Porto funciona, há mais de 10 anos, numa garagem acanhada, sem luz natural e luz artificial insuficiente, sem tratamento de ar, sem lugar para o arquivo e sem qualquer privacidade, frisou o dirigente do sindicato, detalhando que “os assuntos são tratados em balcões corridos, às vistas e aos ouvidos de todos”.

Henrique Guimarães considerou ainda que “o absurdo atinge o máximo ao ter-se em conta a situação de, a escassos 200 metros, na mesma rua, existir um prédio novo e funcional, arrendado há já pelo menos três anos pelo IRN e que desde então permanece vazio e sem préstimo”.