Bruxelas revê em alta crescimento de Espanha para 2018

| Economia
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 07 fev (Lusa) -- A Comissão Europeia prevê que a economia espanhola cresça 2,6% em 2018, um aumento de uma décima percentual em relação às previsões de novembro último, devido às consequências menos negativas da tentativa de independência da Catalunha.

"O forte crescimento verificado na segunda metade de 2017 resultou num maior crescimento transferido para 2018 do que foi antecipado nas previsões de outono", considera a Comissão Europeia nas suas previsões económicas de inverno divulgadas hoje em Bruxelas.

O executivo comunitário confirma que em 2017 o crescimento da economia espanhola foi de 3,1%, decide rever de 2,5% para 2,6% as suas previsões para 2018 e estima que em 2019 este diminua para 2,1%.

Apesar de as consequências para o crescimento dos recentes acontecimentos na Catalunha terem ficado "limitadas", futuros desenvolvimentos "podem ainda ter um impacto", não podendo ser antecipada a sua dimensão.

A Comissão Europeia espera que o crescimento do consumo privado desacelere à medida que o ritmo de criação de emprego modere, mas "continuará" a ser o principal fator de crescimento do PIB.

As exportações vão continuar a crescer de forma "dinâmica", mas a uma taxa um pouco menor em 2018 e 2019, à medida que o ganho na quota de mercado externo desacelera.

No que diz respeito à inflação, ela deverá baixar de 2,0% em 2017 para 1,6% em 2018 e 1,5% em 2019.

Bruxelas estima que a inflação, depois de ter baixado na segunda metade de 2017, deve aumentar no primeiro semestre de 2018, antes de descer novamente na segunda metade do ano, "devido aos preços do crude".

A esperada continuação da redução dos preços do petróleo levam a Comissão Europeia a prever que a inflação espanhola baixe para 1,5% em 2019.

O executivo comunitário apresenta previsões económicas completas para todos os Estados-membros da União Europeia duas vezes por ano, em maio e novembro, e previsões intercales em fevereiro e julho, que a partir de agora passam a ter apenas a estimativa de evolução do crescimento do produto e dos preços.

O Governo regional da Catalunha, apoiado por uma maioria de deputados independentistas no parlamento regional, eleitos em 2015, tentaram declarar a independência dessa comunidade autónoma espanhola em outubro de 2017.

O Governo central acabou por dissolver o parlamento regional, demitir o executivo liderado por Carles Puigdemont e marcado eleições para 21 de dezembro último que renovou a maioria independentista.

Desde outubro do ano passado que largas centenas de empresas mudaram a sua sede social de Barcelona para outras regiões de Espanha, como foi o caso do CaixaBank, dono do BPI.

FPB // ATR

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