"Não há políticas activas sobre reorganização do ensino superior" - Politécnico Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 08 jan (Lusa) -- A presidente do Instituto Politécnico do Porto (IPP), Maria do Rosário Gambôa, que deverá ser hoje ser reeleita no cargo, criticou o Estado pela "ausência de políticas ativas sobre a reorganização da rede do ensino superior".

"Não existe reflexão, não existem estudos e avaliações do impacto" sobre eventuais fusões de instituições, por exemplo, afirmou a responsável esta manhã, durante a audição pública de apresentação do seu programa de ação para o próximo mandato.

Em declarações à Lusa, Rosário Gambôa defendeu que "deveriam ser estabelecidos princípios gerais de redefinição da rede [do ensino superior], criteriosos".

Para a responsável, é preciso "estabelecer uma reforma da rede, envolvendo as instituições e reorganizando, de facto, a rede, que é uma necessidade imperiosa".

"A única coisa que existe em cima da mesa é uma proposta de criação de ciclos curtos, que nem sabemos o que é", sublinhou.

A responsável atribuiu também responsabilidades à tutela pelo facto do Instituto "continuar a sofrer uma menorização".

"Há uma pressão niveladora no sentido em que nós temos que ter indicadores do género dos que têm as universidades, mas não temos os mesmos meios", sustentou, criticando o facto de os institutos estarem proibidos de criar doutoramentos.

No próximo mandato, a presidente do IPP pretende "renovar a oferta formativa", "potenciar a ligação [da instituição] ao meio empresarial", bem como atrair mais estudantes estrangeiros.

"Temos mil estudantes estrangeiros e precisamos de ter mais", disse, acrescentando que tal só se consegue através de uma diferenciação da marca IPP, que passa por uma maior relação com as empresas.

Para Rosário Gambôa, cooperação, transversalidade e rede são três "conceitos-chave" que serão "guias desta nova fase de desenvolvimento" do instituto.

O IPP terá que ser "uma marca diferenciadora, terá que ser uma universidade com matriz politécnica", sublinhou.

Os 35 conselheiros do IPP votarão até às 18:00.

Maria do Rosário Gambôa Lopes de Carvalho é presidente do IPP desde março de 2010.

JAP // JGJ

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