Associação de vítimas contra fecho do SAP de Oliveira do Hospital

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Porto Canal com Lusa

Oliveira do Hospital, Coimbra, 19 jan (Lusa) - A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP) contestou hoje o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Oliveira do Hospital, considerando que a saúde dos utentes está em risco.

"Esta alteração tem levantado dúvidas entre os utentes, tem gerado desconfiança na qualidade do atendimento médico e tem colocado em risco a saúde dos pacientes", afirma em comunicado a AVMISP, liderada pelo empresário Luís Lagos.

O funcionamento do SAP daquele município, no distrito de Coimbra, um dos mais atingidos pelos incêndios de outubro de 2017, "foi reduzido, logo no início de novembro, apenas para horário diurno de segunda-feira a sexta-feira, tendo ficado as urgências noutros horários a cargo de um hospital fora da esfera pública", lamenta.

"Não obstante este cenário já de si difícil, a primeira medida tomada pelo Governo no novo ano passou por encerrar, em definitivo, o SAP do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital", acrescenta.

Segundo a associação, com sede nesta cidade, "foram implementadas consultas de intersubstituição destinadas a doentes com doenças agudas e -- pasme-se!... --, no caso de urgências e emergências, a recomendação vai no sentido de marcar o 112 e aguardar pelo encaminhamento para outras unidades de saúde", como informa um aviso colocado à entrada da unidade de saúde, reproduzido na nota, subordinada ao título "O abandono não cessa".

"Naqueles dias 15 e 16 de outubro, tinha já ficado provado o estado de abandono a que tem sido votada esta região pelo poder central. Em face de uma situação extrema, o SAP de Oliveira do Hospital entrou em colapso, ficando privado de prestar cuidados básicos às vítimas que iam sendo transportadas para o local", refere.

Para Luís Lagos, que assina o documento, "depois da maior tragédia humanitária que o concelho viveu em toda a sua história, o Estado português demitiu-se, uma vez mais, das suas responsabilidades civis e deixou a nu a segurança dos cuidados de saúde" das populações.

Oliveira do Hospital, no interior da região Centro, "terá sido o concelho mais fortemente afetado pelos grandes incêndios" de outubro de 2017.

"Foi o território onde se registaram mais vítimas mortais e mais pessoas feridas. Onde mais casas de primeira habitação foram destruídas" e onde, por isso, "existe uma maior necessidade de atendimento permanente a pessoas com necessidade de apoio psicossocial", salienta o presidente da AVMISP, que integra a Assembleia Municipal local, após ter sido reeleito para o cargo pelo CDS/PP nas autárquicas de 01 de outubro de 2017.

A associação entende que "há motivos, em grande escala, que justificam a apresentação de uma queixa formal na Provedoria de Justiça, com o fundamento de reparar o tratamento discriminatório a que as pessoas de Oliveira do Hospital têm estado sujeitas há muito tempo".

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