PSD: "Voto em Santana Lopes, não voto contra ninguém", anuncia Luís Montenegro

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 jan (Lusa) -- O ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro anunciou hoje que, nas eleições diretas de sábado, vai votar em Pedro Santana Lopes para presidente do partido, defendendo que se trata de "um voto positivo" e não "contra ninguém".

"Vou votar Pedro Santana Lopes. Trabalhei de muito perto com ele em 2007 e 2008, sei do seu conhecimento dos desafios do país, da sua sensibilidade política e social. Mostrou nesta campanha que tem capacidade de ouvir e de construir uma alternativa governativa mobilizadora na ambição e rica no programa político", afirmou Montenegro, numa declaração à Lusa, antes de participar numa acção de campanha do antigo primeiro-ministro com militantes em Aveiro.

Como primeiro argumento para justificar o seu voto, Luís Montenegro defendeu que "o país precisa de um PSD forte, com vontade de liderar o Governo" e de vencer as legislativas de 2019 e considerou que "admitir que o PSD pode ser a muleta deste PS é politicamente suicidário", argumento que tem sido apontado a Rui Rio, o outro candidato à liderança dos sociais-democratas.

"O PSD já sabe que o PS de António Costa, Ferro Rodrigues, Carlos César, Pedro Nuno Santos, Pedro Delgado Alves ou João Galamba não viabiliza governos do PSD, mesmo quando ganhamos as eleições. Eles preferem o PCP e o BE", alertou.

Luís Montenegro recordou que, quando anunciou que não seria candidato à liderança do PSD nestas diretas, prometeu equidistância das candidaturas que surgissem, o que considera ter cumprido.

"Prometi ser equidistante das candidaturas e fui. Prometi contribuir com algumas ideias e contribuí. Mas sempre disse que como militante de base não me ia abster", afirmou, justificando esta declaração de voto a dois dias das eleições diretas que oporão Santana Lopes a Rui Rio.

"O meu voto é um voto positivo. Voto em Santana Lopes, não voto contra ninguém!", acrescenta o ex-líder parlamentar.

Luís Montenegro deixou em junho do ano passado a liderança da bancada do PSD, depois de atingir o limite de três mandatos sucessivos, num total de seis anos à frente do grupo parlamentar social-democrata.

Em 05 de outubro, e depois de uma "reflexão profunda" na sequência do anúncio de Passos Coelho de que não se recandidataria à liderança do PSD, Luís Montenegro afastou uma candidatura sua por considerar que, neste momento, não estavam reunidas as condições para o fazer.

"A apresentação de uma candidatura à liderança do Partido Social Democrata é uma prerrogativa que assiste a qualquer militante no pleno exercício dos seus direitos estatutários. Após a reflexão que fiz, entendo que, por razões pessoais e políticas, não estão reunidas as condições para, neste momento, exercer esse direito", justificou então o deputado, que é apontado como um dos nomes mais fortes para disputar a presidência do PSD em futuras eleições diretas.

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