Barragem de Fagilde, em Viseu, está com capacidade máxima

Barragem de Fagilde, em Viseu, está com capacidade máxima
| País
Porto Canal com Lusa

A Barragem de Fagilde encontra-se na sua capacidade máxima, com 2,8 milhões de metros cúbicos de água, anunciou hoje o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.

"Já solicitámos autorização à APA (Agência Portuguesa do Ambiente) para abrir as comportas, o que deve acontecer hoje, para poder ir passando água, porque é sempre um risco ter água a ultrapassar a barreira existente", explicou o autarca aos jornalistas.

A Barragem de Fagilde abastece os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo. No final de outubro, devido à seca, foi necessário por no terreno uma operação de reforço de abastecimento público de água à região de Viseu, que foi suspensa no final do ano.

Segundo Almeida Henriques, neste momento haverá água para oito ou nove meses. No entanto, "o problema estrutural está longe de estar resolvido".

"A capacidade da barragem é diminuta, sobretudo se tivermos um ano de seca", frisou.

O autarca elencou várias medidas que estão a ser tomadas para que não se repita a situação de falta de água verificada no ano passado, como, por exemplo, "a instalação das ensecadeiras, que vão permitir aumentar num milhão e meio a capacidade de reserva".

"Um milhão e meio significa aumentar o tempo de sobrevivência da barragem e esta é uma medida que nós vamos conseguir ter implantada a pensar no próximo verão", afirmou.

O presidente da Câmara de Viseu explicou ainda que estão a ser adjudicados "furos diagonais" para poder ter mais capacidade de abastecimento no furo alternativo feito junto à barragem e que está a ser estudada a possibilidade de, juntamente com os municípios de Nelas e de Mangualde, haver uma captação junto ao Rio Dão, cuja água possa ser usada para a indústria.

O autarca disse que todas estas medidas são a "pensar no curtíssimo prazo".

"Há depois outras opções que são de médio prazo, designadamente o lançamento do concurso para o aumento de capacidade de reservatórios e o novo tanque da ETA (Estação de Tratamento de Águas) de Fagilde/Povolide", acrescentou.

Segundo Almeida Henriques, está também em análise a conduta de ligação ao Balsemão, "um investimento superior a 10 milhões de euros", mas estes são todos investimentos que "vão demorar dois anos/dois anos e meio a concretizar".

"Estamos a tratar do que é preciso no imediato, mas também estamos a preparar o médio prazo", frisou, fazendo votos para que, no próximo verão, a água da Barragem de Fagilde seja pouco usada para o combate aos incêndios.

Almeida Henriques avançou aos jornalistas que propôs ao Governo ficar com a gestão da barragem.

"Face ao facto de sermos nós que já temos, em termos práticos, a gestão da barragem, então que legitimamente estabeleça um protocolo connosco e que nos dê a gestão da barragem", justificou.

+ notícias: País

Salário mínimo, direito a férias e à greve são conquistas da Revolução dos Cravos

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

“Noite Milagrosa”. Como a imprensa estrangeira intitula a Revolução dos Cravos?

O aniversário dos 50 anos do 25 de abril de 1974 também ganha força na imprensa internacional.

Parlamento aprova voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz 

A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz, aos 53 anos, recordando-o como uma das vozes “mais distintas e corajosas” da comunicação social.