Assembleia de Évora indignada por falta de verbas para novo Hospital Central

| Política
Porto Canal com Lusa

Évora, 11 jan (Lusa) -- A Assembleia Municipal de Évora aprovou uma resolução em que se afirma "indignada" por não estarem contempladas no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) verbas para a construção do novo Hospital Central da cidade, foi hoje divulgado.

A resolução foi aprovada por maioria e apenas com um voto contra de um eleito do PS, na mais recente reunião da assembleia municipal e enviada hoje à agência Lusa.

O atual Governo minoritário do PS "nada fez para dar cumprimento a um recomendação da Assembleia da República, aprovada, por unanimidade, em 2016", para se iniciar a construção do novo hospital, justificou hoje à Lusa o primeiro subscritor da resolução.

António Jara, médico cardiologista e deputado municipal da CDU, realçou que "o novo Hospital Central de Évora é uma necessidade urgente", referindo que "os sucessivos governos têm adiado a concretização" do projeto.

Na resolução, a assembleia municipal afirma que "mais uma vez" o Alentejo é "adiado e esquecido", por não estarem contempladas no OE2018 "as verbas necessárias para se dar início à construção do Hospital Central Público de Évora".

"Não se pode ter um discurso público de combate aos problemas da interioridade e ter uma prática contrária, na medida em que a saúde é um direito para todos, consagrado na Constituição da República Portuguesa", adverte.

O órgão autárquico assinala que a exigência da construção de um novo hospital "é reconhecida por todos como uma necessidade urgente para a região" e que "a sua localização em Évora é a que melhor corresponde às acessibilidades e às interfaces com os outros hospitais".

"Uma boa rede de serviços hospitalares e de resposta especializada, para além de responder ao desiderato constitucional de uma saúde para todos, é igualmente, a par da educação e da melhoria dos serviços públicos de proximidade, um fator de desenvolvimento económico e de atração de investimentos, em particular do turismo", pode ler-se no documento.

A resolução nota também que o atual Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) tem "numerosos constrangimentos", nomeadamente a sua divisão ao meio por uma estrada, a falta de espaço para aumentar o número de valências e o risco para o pessoal e doentes do Serviço de Cardiologia em caso de emergência.

A posição da Assembleia Municipal de Évora vai ser enviada para o Presidente da República, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República e líderes dos grupos parlamentares.

O Governo previa lançar no ano passado o concurso para a construção do novo Hospital Central em Évora, após decidir o seu modelo de financiamento, segundo disse, em outubro de 2016, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mas o procedimento não se concretizou.

Na quarta-feira, o deputado do PSD António Costa da Silva e as comissões políticas concelhia e distrital de Évora do partido acusaram o Governo do PS de estar a "enganar os alentejanos com falsas promessas" sobre a construção do novo Hospital Central do Alentejo.

"Os alentejanos estão a ser enganados pelo Ministério da Saúde", porque há "três anos consecutivos" que o Orçamento do Estado tem "dinheiro para estudos e projetos" do novo hospital, quando estes "já existem", afirmou.

"O ministro diz que é para os projetos de arquitetura, mas, como todos sabemos, os projetos de arquitetura foram concretizados, há uns anos atrás, através da contratação do arquiteto Souto Moura", realça o deputado social-democrata.

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