BE pergunta ao Governo como vai travar encerramento da fábrica da antiga Triumph

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 jan (Lusa) - O BE questionou hoje o Governo sobre como vai intervir para travar o encerramento da fábrica da antiga Triumph e garantir os postos de trabalho, querendo saber que apoios estão a ser dados aos trabalhadores com salários em atraso.

Os trabalhadores da Têxtil Gramax Internacional, a antiga Triumph, no concelho de Loures, distrito de Lisboa, estão em vigília à porta da empresa desde sexta-feira, depois de terem tomado conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência.

Numa pergunta a que a agência Lusa teve acesso e que o BE entregou hoje no parlamento, dirigida ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, os deputados bloquistas José Soeiro e a Isabel Pires pretendem saber se o Governo está a acompanhar a situação da TGI - Têxtil Gramax Internacional e se "apurou como foram aplicados os apoios públicos facultados à empresa".

Fonte oficial do BE adiantou ainda à Lusa que os deputados Jorge Costa e Isabel Pires se vão deslocar na sexta-feira às instalações da empresa para estarem com as trabalhadoras em vigília.

"Que medidas está o Governo disposto a encetar com vista a impedir que a administração delapide o património da empresa e acabe por encerrá-la e como pretende intervir para travar o encerramento da fábrica de Sacavém e garantir a manutenção dos postos de trabalho", questionam os bloquistas.

O BE pretende ainda saber quais os apoios que estão a ser assegurados aos trabalhadores e às trabalhadoras com salários em atraso.

De acordo com o texto da pergunta, "a antiga Triumph International era uma das maiores produtoras mundiais de roupa interior" e confirmando-se "os receios do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, a antiga empresa entrou em processo de insolvência após a administração ter anunciado, perante o ministro da Economia, o investimento de um milhão de euros na fábrica e não obstante os apoios estatais recebidos".

"Segundo denúncias que nos chegaram, bem como as informações quer da autarquia quer das estruturas representativas dos trabalhadores, 500 postos de trabalho estão em perigo e há sérios riscos de delapidação do património da empresa por via da retirada de material da fábrica, de automóveis e até mesmo de peças de roupa", denunciam.

Para o BE, "urge uma resposta que garanta a manutenção dos postos de trabalho, bem como apoio social aos trabalhadores com salários em atraso, alguns dos quais há meses".

Há quase um ano, em 04 de janeiro de 2017, Manuel Caldeira Cabral congratulou-se então com o facto da antiga fábrica de roupa interior da Triumph continuar a laborar em Portugal e manter os cerca de 500 postos de trabalho, durante uma visita à fábrica na qual foi informado pela atual administração da TGI do plano de negócios, que previa a "diversificação do portefólio de produção" assim como a "expansão a novos mercados de exportação".

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