Câmara de Mondim de Basto reduziu 2,5ME à dívida num ano

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Porto Canal / Agências

Mondim de Basto, 06 jan (Lusa) -- O município de Mondim de Basto reduziu 2,5 milhões de euros à dívida de 16,2 milhões de euros num ano, ao mesmo tempo que diminuiu o prazo médio de pagamento a fornecedores, anunciou hoje a autarquia.

"Terminámos o ano de 2013 com as contas em ordem", afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Mondim de Basto, o socialista Humberto Cerqueira.

Num ano, o município reduziu 2,5 milhões de euros à dívida, passando de 16,2 milhões de euros para 13,7 milhões de euros no final de 2013.

Em 2009, quando Humberto Cerqueira foi eleito pela primeira vez, a dívida da autarquia totalizava 19,1 milhões de euros.

Ao longo de 2013, segundo o autarca, a câmara conseguiu também diminuir o prazo médio de pagamento de pagamento aos fornecedores de 42 dias para 15 dias e ainda reduziu as dívidas a fornecedores de 295 mil euros para 15 mil euros (redução de 85%).

Humberto Cerqueira frisou que o objetivo é chegar ao final do mandato com um nível de endividamento de cerca de sete milhões de euros.

"Nós fazemos orçamentos que são muito realistas e rigorosos e gastamos apenas o dinheiro que temos disponível. Ou seja, não assumimos despesas que depois não possamos pagar e não aumentamos a dívida", salientou.

E, de acordo com o responsável, o orçamento para 2014 é de 7,6 milhões de euros, o que representa uma redução de três milhões de euros comparativamente com o ano anterior.

O autarca frisou que o orçamento foi condicionado pela diminuição das transferências do Estado e pelos encargos com a amortização dos empréstimos.

O Orçamento de Estado para 2014 prevê um corte de 2,75% nas transferências para a autarquia, o que representa menos 147 mil euros anuais para o município de Mondim de Basto.

Desde 2009, as transferências do Estado diminuíram cerca de 11%, uma quebra na receita que não estava prevista no plano de saneamento financeiro, assinado em 2010.

A isto junta-se, segundo o presidente, a necessidade de amortização do empréstimo que obriga ao pagamento mensal de 125 mil euros, até à execução do Plano de Saneamento Financeiro, que termina em 2022.

"Com um orçamento tão restritivo, a prioridade que definimos foi assegurar as necessidades de funcionamento da autarquia, ou seja, despesas com pessoal, aquisição de bens e serviços, a educação, o desporto, o associativismo e a ação social", afirmou.

Apesar de "não haver margem para grandes obras", o autarca garantiu a conclusão dos projetos que já têm financiamento comunitário assegurado, como o Centro Comunitário de Atei, que vai ocupar uma escola primária desativada, e a Casa Abrigo e Centro de BTT de Sobreira.

Estas obras foram iniciadas em 2013.

Estão ainda previstos novos investimentos no sistema de modernização administrativa no valor de 86 mil euros e em sistemas de eficiência energética, no valor de 78 mil euros. Os dois projetos foram aprovados pelo programa ON2 e deverão arrancar em 2014.

Em termos sociais, Humberto Cerqueira garantiu que o município vai manter as medidas sociais que estão neste momento no terreno, como a loja social, o apoio às crianças, e as atividades de complemento curricular dos alunos do 1.º ciclo, e lamentou que a autarquia "não tenha capacidade para mais" neste período de maiores dificuldades por parte das famílias.

PLI // JGJ

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