Presidente francês diz ser indispensável mobilização "muito mais forte"

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Porto Canal com Lusa

Paris, 12 dez (Lusa) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu ser indispensável "uma mobilização muito mais forte" para limitar a subida da temperatura do planeta abaixo dos 2º Celsius, numa entrevista hoje publicada no jornal Le Monde.

Cerca de 50 chefes de Estado e de Governo, como o primeiro-ministro português, além do secretário-geral das Nações Unidas e do presidente do Banco Mundial, participam hoje na Cimeira Um Planeta (One Planet Summit), na capital da França, uma iniciativa do Presidente francês para assinalar os dois anos do Acordo de Paris.

"Estamos muito longe do objetivo do Acordo de Paris de conter a subida das temperaturas abaixo do nível dos 2ºC e, se possível, 1,5º. Sem uma mobilização muito mais forte e um choque nos nossos modos de produção e de desenvolvimento, não conseguiremos", afirmou Emmanuel Macron.

Os compromissos internacionais "colocam-nos atualmente numa trajetória [que leva] aos 3,5º de aquecimento do planeta", apontou.

O Acordo de Paris, conseguido em dezembro de 2015 e que entrou em vigor em novembro de 2016, estipula a redução das emissões de gases com efeito de estufa de modo a tentar limitar a subida da temperatura média do planeta aos 2º Celsius.

O Presidente francês voltou a realçar que o Acordo de Paris "foi fragilizado pela decisão norte-americana de sair" anunciada por Donald Trump em junho.

O chefe de Estado francês deverá estar na abertura da segunda sessão da cimeira, no início da tarde, uma iniciativa que reúne dezenas de responsáveis de empresas, em Paris.

"O que vai salvar o clima não são mais as grandes cimeiras diplomáticas, é uma mobilização de todos os dias, é muito mais transparência" e é o conjunto dos componentes da sociedade, referiu.

Emmanuel Macron apontou que "é exatamente por isso que esta cimeira foi organizada" e explicou que o objetivo é "aliar mensagens de indignação - porque as pessoas estão adormecidas - e um apelo à mobilização, à ação concreta".

Desde o Acordo de Paris, salientou, vários assuntos foram abandonados ou deixados de parte.

EA // HB

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