Catalunha: Puigdemont diz que é insustentável realizar eleições com candidatos presos

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Amberes, Bélgica, 02 dez (Lusa) - O ex-presidente da Catalunha Carlos Puigdemont disse hoje que é insustentável que haja eleições na Catalunha com uma grande parte dos candidatos na prisão, exigindo que o Supremo decida na segunda-feira pela sua libertação.

"Estão presos por razões políticas, e se finalmente forem libertados é porque é insustentável que haja eleições com uma grande parte dos candidatos na prisão", disse Puigdemont numa entrevista perante um público de 500 pessoas no festival anual do jornal flamengo 'De Standaard'.

O juiz do Supremo Tribunal espanhol deverá decidir na próxima segunda-feira se liberta, e em que condições, os oito ex-ministros regionais catalães e dois líderes de associações separatistas que atualmente aguardam julgamento em prisão.

Segundo fontes judiciárias, o juiz Pablo Llorena comunicou aos advogados da defesa que, em princípio, só irá anunciar a sua decisão na segunda-feira, depois de, durante a manhã de hoje, ter ouvido, um a um, os dez detidos acusados de crimes de rebelião, secessão e peculato.

Se isto acontecer significa que a decisão será tomada um dia antes do início, em 05 de dezembro, da campanha eleitoral para as eleições regionais da Catalunha de 21 de dezembro.

Oito dos dez separatistas detidos, entre os quais o ex-vice-presidente catalão, Oriol Junqueras, são candidatos a essas eleições.

Os oito conselheiros (ministros regionais) e os dois líderes de associações cívicas separatistas querem seguir os passos da presidente do parlamento catalão, libertada a 10 de novembro último, depois de ter pago uma fiança de 125.000 euros.

Para conseguir ficar à espera de julgamento em liberdade, Carme Forcadell assegurou ao tribunal que acatava o artigo 155.º da Constituição espanhola, que permitiu a intervenção do Governo central na Catalunha, e que renunciava à independência unilateral da região.

No recurso contra a prisão preventiva, que apresentaram no início da semana, e em que pediam para ser ouvidos, os detidos afirmavam que aceitavam as consequências do artigo 155º. da Constituição e concordam que a declaração unilateral de independência aprovada em 27 de outubro último teve apenas um valor político.

A consulta popular de 21 de dezembro foi convocada pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, em 27 de outubro passado, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont.

Os partidos separatistas ganharam as últimas eleições regionais, em 2015, o que lhes permitiu formar um governo que organizou um referendo de autodeterminação em 01 de outubro último que foi considerado ilegal pelo Estado espanhol.

Os conselheiros foram presos preventivamente no final da primeira audiência no tribunal e depois de Carles Puigdemont e mais quatro membros do seu gabinete se terem refugiado na Bélgica, argumentando não confiar na democracia espanhola.

SP (FPB) // PJA

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Entra no mar em Espanha para resgatar jovem e morrem os dois 

Quatro pessoas morreram depois de terem caído ao mar em três acidentes nas costas atlântica e mediterrânica de Espanha, disseram os serviços de emergência espanhóis. As mortes ocorreram quando as autoridades espanholas emitiram avisos de ventos fortes e chuvas generalizadas em muitas partes do país.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.